Tijolaço: Com PEC dos gastos, “adeus aumento do salário-mínimo, também”
Jornalista Fernando Brito lembra que "o ressentido senador Eunício Oliveira, relator da PEC do Teto, anunciou a rejeição das emendas que excluiriam do limite de gastos o reajuste real do salário mínimo, porque isso, diz ele, 'impõe grande impacto sobre as contas públicas'"; "Isso quer dizer arrocho não apenas para os aposentados que recebem via INSS, mas também para os trabalhadores ativos que ganham um salário mínimo ou tenham pisos vinculados a ele", coloca Brito
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Para quem não sabia, é bom saber não apenas a saúde e educação que ficam com suas despesas congeladas por 20 anos com a PEC que o Congresso vai aprovando a toque de caixa por ordem de Michel Temer.
Adeus aumento do salário-mínimo, também.
Hoje, no Estadão, o ressentido senador Eunício Oliveira, relator da PEC do Teto deixou claro: no Senado, Eunício Oliveira anunciou a rejeição das emendas que excluiriam do limite de gastos o reajuste real do salário mínimo, porque isso, diz ele, "impõe grande impacto sobre as contas públicas”.
Isso quer dizer arrocho não apenas para os aposentados que recebem via INSS, mas também para os trabalhadores ativos que ganham um salário mínimo ou tenham pisos vinculados a ele, porque – se Temer não ousar desvincular a aposentadoria do piso salarial, para evitar problemas constitucionais (ainda que o Supremo esteja sendo dócil a todas as medidas que tiram direito dos trabalhadores).
“O senador alega ainda que a saída para a recuperação do salário mínimo é por meio da recuperação econômica, que irá permitir reajustes reais”.
Eunício Oliveira é do Ceará, um dos Estados onde a renda da população mais cresceu em razão da elevação do mínimo, mas ainda é o 24° mais pobre do Brasil.
Os cearenses têm o direito de saber quem são os algozes de suas famílias.
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