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Mídia

Tijolaço: Marcelo Odebrecht assume que Lula não lhe pediu dinheiro

"A história, até agora, só tem como provas as declarações e papéis da empreiteira. Falta uma conta, um destino físico para o dinheiro. Falta o que se chamava, na Justiça de antigamente, materialidade. Mas, como este é um processo nas mãos de Sérgio Moro, isso não vem mais ao caso", escreve o jornalista Fernando Brito, no blog Tijolaço

Marcelo Odebrecht  (Foto: José Barbacena)
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Fernando Brito, no Tijolaço - Marcelo Odebrecht, em seu depoimento a Sérgio Moro, agora tornado formalmente público – antes, só um site de extrema-direita tinha acesso a ele – algumas questões vão ficando mais claras, apesar da forma que são expostas na grande mídia.

Tal como em relação a Dilma Rousseff, o executivo não recebeu nenhum pedido de recursos de Lula e disse ter certeza apenas por episódios em que “ficou evidente para mim” esse destino.

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“As duas únicas comprovações que eu teria de que Lula de certo modo tinha um conhecimento dessa provisão foi quando veio o pedido para compra do terreno do Instituto IL, que eu não consigo me lembrar se foi via Paulo Okamotto ou via Bumlai. Com certeza foi um dos dois e depois eu falei com os dois. Deixei bem claro que se fosse comprar o terreno sairia do valor provisionado. A gente comprou o terreno, saiu do provisionado e depois o terreno acabou… A gente vendeu o terreno e voltou a creditar.”

O empreiteiro delator disse ainda. “E teve também, faz parte da minha colaboração, uma doação para o Instituto Lula em 2014 que saiu do saldo ‘amigo’. São as únicas duas coisas que eu consigo dizer. O resto, essa informação vinha do Palocci, quando ele pedia para Brani pegar o dinheiro em espécie. Ele dizia: ‘Olha, era para abater do saldo ‘amigo’ ou do saldo ‘Itália’ que era gerido por ele’.“

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Será que com tanto contato com Lula, como se alega, com ajuda à empreiteira em obras no exterior e viagens em jatinho, a sós, o empresário não teria dado um jeitinho de fazer Lula “assinar recibo”, com um comentário casual, do tipo “aquele assunto do Palloci chegou direitinho para o senhor”?

Nada mais conveniente a quem está, supostamente, “comprando” alguém do que passar-lhe um laço no pé. “Isso é pra você ficar sabendo que eu sei tudo, certo?”

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Ainda mais quando a “prova” que se tem – e que deram “certeza” a Marcelo – é a compra de um terreno para o Instituto Lula, teoricamente a pedido de Lula, negócio que foi desfeito em seguida, por desinteresse, provavelmente de Lula. Ora, não seria óbvio que os supostos mensageiros de Lula tivessem ir pedir a compra do terreno quando esta já estivesse definida pelo principal interessado?

Os repasses em dinheiro, numa quantia volumosa (R$ 13 milhões), implica em outro problema? Onde guardar esta fábula? No armário? Como gastar, recebendo das mãos de Lula? É evidente que ele mandar entregar a alguém um “paco” de dinheiro criaria uma situação em que haveria dúzias de “recebedores” dizendo: “Lula me deu 50 mil em dinheiro, Lula me deu R$ 100 mil em dinheiro” e por aí…

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A história, até agora, só tem como provas as declarações e papéis da empreiteira. Falta uma conta, um destino físico para o dinheiro. Falta o que se chamava, na Justiça de antigamente, materialidade.

Mas, como este é um processo nas mãos de Sérgio Moro, isso não vem mais ao caso.

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