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Tijolaço: Onde mesmo está o “crime organizado”?

"A reportagem de Elenice Bottari – conhecedora há décadas dos problemas de segurança no Rio – e Juliana Castro, hoje, em O Globo dá boa ideia do que vem a ser o 'crime organizado' no Estado. Oficialmente, 20% dele provém da polícia. Extra-oficialmente, sabe-se que muito mais, porque corporativismo e cumplicidades encobrem boa parte destes agentes", diz Fernando Brito, do Tijolaço; "O combate à corrupção policial – como de resto a todas as modalidades de corrupção – jamais será eficiente por espasmos, mas como regra institucional. O resto funciona apenas como demagogia, eliminando algumas mutucas gordas e espantando o enxame sedento por alguns instantes"

"A reportagem de Elenice Bottari – conhecedora há décadas dos problemas de segurança no Rio – e Juliana Castro, hoje, em O Globo dá boa ideia do que vem a ser o 'crime organizado' no Estado. Oficialmente, 20% dele provém da polícia. Extra-oficialmente, sabe-se que muito mais, porque corporativismo e cumplicidades encobrem boa parte destes agentes", diz Fernando Brito, do Tijolaço; "O combate à corrupção policial – como de resto a todas as modalidades de corrupção – jamais será eficiente por espasmos, mas como regra institucional. O resto funciona apenas como demagogia, eliminando algumas mutucas gordas e espantando o enxame sedento por alguns instantes" (Foto: Leonardo Lucena)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - A reportagem de Elenice Bottari  – conhecedora há décadas dos problemas de segurança no Rio  – e Juliana Castro, hoje, em O Globo dá boa ideia do que vem a ser o “crime organizado” no Estado.

Oficialmente, 20% dele provém da polícia. Extra-oficialmente, sabe-se que muito mais, porque corporativismo e cumplicidades encobrem boa parte destes agentes.

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Aliás o “dono dos dados” que elas citam é mesmo o  Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, órgão do Ministério Público Estadual.

O promotor que o coordena, Daniel Braz, explica:

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 Dificilmente uma estrutura de organização criminosa vai funcionar sem a presença do agente público dentro dela ou a conivência dele. Ela, em geral, funciona com a participação ou a corrupção do agente público. As investigações mostram que as quadrilhas de tráfico de drogas tinham sempre, ao menos, um policial.

Um, doutor?

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Não há tráfico de drogas estabelecido – não se está falando de “aviões” ou freelances eventuais – sem cumplicidade policial, e não é com o guarda da esquina.

Pode-se, sendo simplista, dizer que isso é resultado da anomia dos governos, da falta de disciplina, da flacidez das normas e instrumentos de controle interno e externo da atividade policial. Certamente é, mas não é só: basta olhar a história e se verá que a polícia – aqui mais gravemente, mas em toda parte – desenvolve promiscuidades com o crime.

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Ontem, na volta do JB, o ex-governador e jurista Nilo Batista, escreveu:

Certas funções policiais são brutalizantes e produzem efeitos deteriorantes sobre aqueles que as realizam. Trata-se do fenômeno denominado “policização”, que pode acontecer também com outros operadores do sistema penal, carcereiros, advogados, promotores de Justiça e magistrados. Quem não conhece a policização passará o resto da vida reclamando do pouco rigor na admissão e adestramento dos policiais, quando o problema não está na seleção e sim na prática. Quem está disposto a correr o risco de policização de algumas unidades de nossas Forças Armadas?

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O combate à corrupção policial – como de resto a todas as modalidades de corrupção – jamais será eficiente por espasmos, mas como regra institucional.

O resto funciona apenas como demagogia, eliminando algumas mutucas gordas e espantando o enxame sedento por alguns instantes.

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