CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mídia

Tijolaço: problema do “general da Funai” é ser estranho aos índios e intolerante

Segundo o jornalista Fernando Brito, não é ser militar o que ofende na indicação do general da reserva do Exército Sebastião Roberto Peternelli Júnior para a presidência da Funai; "É o fato de não ter a menor ligação com a questão indígena, o que ele próprio admite (...) É o fato de ser indicado por uma cúpula de pastores evangélicos do PSC, com evidentes preocupações de expansão religiosa dentro destas comunidades", elenca Brito; "E é, sobretudo, o fato de demonstrar, pelo que se noticia, ser uma pessoa intolerante, porque 50 anos depois, ainda enaltece as barbaridades que fez o golpe de 1964"  

Segundo o jornalista Fernando Brito, não é ser militar o que ofende na indicação do general da reserva do Exército Sebastião Roberto Peternelli Júnior para a presidência da Funai; "É o fato de não ter a menor ligação com a questão indígena, o que ele próprio admite (...) É o fato de ser indicado por uma cúpula de pastores evangélicos do PSC, com evidentes preocupações de expansão religiosa dentro destas comunidades", elenca Brito; "E é, sobretudo, o fato de demonstrar, pelo que se noticia, ser uma pessoa intolerante, porque 50 anos depois, ainda enaltece as barbaridades que fez o golpe de 1964"   (Foto: Aquiles Lins)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Fernando Brito, do Tijolaço - O maior símbolo da defesa dos povos indígenas deste país é um militar: Cândido Rondon, ele próprio descendente de índios terena e bororo, que conduziu com métodos bem diferentes dos da cavalaria americana a nossa versão da “marcha para o Oeste”.

Com toda a crueldade que hoje se percebe na ocupação dos territórios tradicionais dos povos indígenas, todos os que olham a história percebem as virtudes de um militar – e nos tempos em que um civil não poderia fazê-lo – tomar a si esta tarefa.  A maior delas, sua melhor qualidade: o exercício da tolerância, que se expressa na frase que lhe ficou de mais típica: “morrer, se preciso for; matar, nunca”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Não é, portanto, ser militar o que ofende na indicação do general da reserva do Exército Sebastião Roberto Peternelli Júnior para a presidência da Funai.

É o fato de não ter a menor ligação com a questão indígena, o que ele próprio admite, assumindo nem mesmo ter servido em regiões com presença destes povos e que, como piloto militar, “voou pela Amazônia”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

É o fato de ser indicado por uma cúpula de pastores evangélicos do PSC, com evidentes preocupações de expansão religiosa dentro destas comunidades. Algo tão delicado que só depois de séculos passou a ser encarado com respeito pela Igreja Católica, que abandonou, ao menos em grande parte, a postura “catequética” em relação aos índios.

E é, sobretudo, o fato de demonstrar, pelo que se noticia, ser uma pessoa intolerante, porque 50 anos depois, ainda enaltece as barbaridades que fez o golpe de 1964;

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Mostra que não há, nele, o espírito da frase célebre de Rondon.

Deveria ser o primeiro a dizer, diante da notícia, que, humildemente, julgava que nossos índios merecem que, no mínimo, possam ser cuidados por quem tem uma vida dedicada defesa de suas vidas, de sua cultura, de suas terras.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Como foi, em outros tempos, o marechal do Exército Brasileiro Cândido Mariano da Silva Rondon.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO