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Mídia

Tijolaço: quem influi na eleição é mídia, não é religião

O editor do Tijolaço, Fernando Brito, avalia como "tolice criar uma clivagem religiosa no eleitorado com base em mínimas diferenças de intenção de votos"; "As bobagens se sucedem, como a matéria em que se diz que 'evangélicos impulsionam Bolsonaro e Marina e derrubam Lula, diz Datafolha'. É só olhar os dados e ver que Lula lidera com folha tanto entre católicos quanto entre evangélicos e as diferenças que se registram ficam naquele pequeníssimo grupo que – também o registra a pesquisa – definem o voto por preferência religiosa", destaca

O editor do Tijolaço, Fernando Brito, avalia como "tolice criar uma clivagem religiosa no eleitorado com base em mínimas diferenças de intenção de votos"; "As bobagens se sucedem, como a matéria em que se diz que 'evangélicos impulsionam Bolsonaro e Marina e derrubam Lula, diz Datafolha'. É só olhar os dados e ver que Lula lidera com folha tanto entre católicos quanto entre evangélicos e as diferenças que se registram ficam naquele pequeníssimo grupo que – também o registra a pesquisa – definem o voto por preferência religiosa", destaca (Foto: Paulo Emílio)
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Por Fernando Brito, no TijolaçoÉ patético – e contraproducente – o esforço da mídia, a esta altura, para tentar mostrar-se "não-bolsonárica". Como é uma tolice criar uma clivagem religiosa no eleitorado com base em mínimas diferenças de intenção de votos, mais do que compreensíveis com o fato de que a pregação da "moralidade" – e raramente a prática – tem sido frequente em alguns líderes evangélicos.

Bolsonaro virou um fenômeno que, se dificilmente irá além dos 20% de pessoas, por alguma razão – e não é difícil ver que é a mídia é esta razão – estão desprovidas de equilíbrio emocional ou tomadas por uma fúria de "cognição sumária" dos problemas do Brasil.

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Um doce para quem adivinhar quais são os únicos problemas – e as únicas soluções, portanto – de nosso país? Ah, sim: os safados, os sem-vergonhas, os corruptos, os políticos, os bandidos. Categorias semelhantes que se resolve com Moro e Bolsonaro, dependendo do nível de pudor, de escolaridade e de renda.

E olhe lá, porque uma parcela expressiva – e a maior entre todos – dos que estudaram mais e ganham mais acham melhor é o mais selvagem deles.

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O dano que fizeram a si mesmos não é difícil de mensurar. Sem o cavernícola, um candidato de direita como Dória poderia estar em segundo, passando dos 20%, ou o insosso Alckmin andar por ali.

Aliás, com Doria, experimentaram um discurso de grosseria que substituísse o Aécio de 2014, mas a matéria prima era pior.

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Ainda sonham com mais um clone, Luciano Huck, mas não parece haver sinais de que os seus tubos de ensaio vão produzir uma criatura mais viável que o inviabilizado prefeito de São Paulo.

As bobagens se sucedem, como a matéria em que se diz que "Evangélicos impulsionam Bolsonaro e Marina e derrubam Lula, diz Datafolha". É só olhar os dados e ver que Lula lidera com folha tanto entre católicos quanto entre evangélicos e as diferenças que se registram ficam naquele pequeníssimo grupo que – também o registra a pesquisa – definem o voto por preferência religiosa.

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Claro que há "nichos" fundamentalistas a serem ocupados pelas Marinas, Everaldos e congêneres. Mas Marina não chegou a 20% por ser evangélica, foi por ser adulada.

Faz tempo que a direita brasileira trocou a política pela histeria e o que se tem hoje é o resultado disso.

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Não fosse assim, sem Moro, sem Bolsonaros, sem meninos ricos da TV, estaria com a faca e o queijo na mão para vencer em 2018.

Agora, sua esperança é fazer alguém que, como Collor, tenham de derrubar um ano depois, porque se transtornará com o poder e achará que é, de fato, um governante e não um agente de de interesses econômicos.

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Continuo com a percepção que já venho expondo aqui que a direita percebeu tarde demais os monstros que criou.

E o pior deles não é o que virá, mas o que já está aí. Porque não há mais escapatória de que o "estigma Temer" venha a ser o maior divisor de águas do processo eleitoral.

E não há mais como o tucanato e a mídia deixarem de reconhecer a "maternidade" do golpe e do golpista.

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