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Tijolaço: razões para adiar anúncio do rombo são falsas

Jornalista Fernando Brito critica o adiamento do anúncio pelo governo da alteração da meta fiscal deste ano, que ficou a próxima segunda-feira, 14; "Não estão esperando dado algum, já têm o resultado desastroso da arrecadação de julho, já têm prévias de agosto, já sabem que o déficit acumulado em 12 meses passou de R$ 170 bilhões e também todo o cronograma de gastos governamentais até o final do ano. A única certeza que não têm é a da arrecadação extraordinária com a venda das Usinas da Cemig – R$ 11 bilhões -, que tem enormes chances de ser postergada na Justiça", diz Brito; "O que está por trás do atraso é 'bode', como foi o anúncio – que desde o início se apontou aqui como falso – do Imposto de Renda"

10/08/2017- Brasília - DF, Brasil- Cerimônia de Anúncio de Distribuição dos Resultados do FGTS. Foto: Alan Santos/PR (Foto: Aquiles Lins)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Tudo no Governo Temer tem a “cara do dono”: é falso, dissimulado, mentiroso, oportunista.

É assim, também, com o anúncio feito agora à tarde que que o adiamento do anúncio da revisão da meta fiscal deve-se à “avaliação é que é preciso esperar a chegada de mais dados sobre a economia e novas definições, como a negociação sobre o novo Refis, para determinar o cenário de receitas para este ano”, como está no Valor.

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Não estão esperando dado algum, já têm o resultado desastroso da arrecadação de julho, já têm prévias de agosto, já sabem que o déficit acumulado em 12 meses passou de R$ 170 bilhões e também todo o cronograma de gastos governamentais até o final do ano. A única certeza que não têm é a da arrecadação extraordinária com a venda das Usinas da Cemig – R$ 11 bilhões -, que tem enormes chances de ser postergada na Justiça.

O que está por trás do atraso é “bode”, como foi o anúncio – que desde o início se apontou aqui como falso – do Imposto de Renda: o valor de R$ 159 bilhões do “rombo” deste ano já “passou” – e pode ser ainda um pouco acima – e algum pequeno contingenciamento de gastos será feito para preservar a imagem de “austeridade” governamental.  As outras medidas do “saco de maldades”, como o congelamento dos aumentos dados (por Temer mesmo) aos servidores mais graduados só contam para a meta do ano que vem, cujo realismo, depois deste remendo de 2017, já não convence ninguém.

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O Prisma Fiscal -relatório do Ministério da Fazenda semelhante ao Boletim Focus, do Banco Central, já registrou hoje uma expetativa de déficit de R$ 155 bilhões, com todo o “otimismo” que o mercado tem em relação ao desempenho da economia, que não é puco. Osso deixaria uma “folga”  de apenas R$ 4 bilhões como “margem de segurança” para novas frustrações de receitas.

É muito provável que o corte nas despesas, via contingenciamento, arranje de onde tirar mais uns R$ 5 bilhões, mais ou menos – não esperem rigor, porque o corte de gastos, a partir de certo momento, é na base do “cate as moedas onde der”.

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Ou, se depender de Romero Jucá, a meta passará logo a R$ 170 bilhões de déficit, porque é preciso ter uns trocados para distribuir, sobretudo no caso de que uma nova denúncia de Rodrigo Janot venha a conter “fatos novos”.

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