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Tijolaço: Temer deixou o Alvorada por culpa; Freud explica

Para o jornalista Fernando Brito, é perfeitamente explicável a decisão de Michel Temer de deixar o Palácio do Alvorada, apenas 11 dias depois de se mudar para lá; "O mais provável é que tenha sido mesmo a velha culpa, aquele sentimento opressivo que vem a quem assassinou politicamente uma presidente eleita e, pelo crime, apossou-se do seu cargo e de seu lugar de moradia", afirma

Para o jornalista Fernando Brito, é perfeitamente explicável a decisão de Michel Temer de deixar o Palácio do Alvorada, apenas 11 dias depois de se mudar para lá; "O mais provável é que tenha sido mesmo a velha culpa, aquele sentimento opressivo que vem a quem assassinou politicamente uma presidente eleita e, pelo crime, apossou-se do seu cargo e de seu lugar de moradia", afirma (Foto: Aquiles Lins)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Freud explica. Ou melhor ainda: Sartre.

Michel Temer, 11 dias depois de ir morar no Palácio da Alvorada, com uma reforma que fez desaparecer móveis, tapetes e outros objetos, muitos do tempo de JK, porque tinha a cor telha ou vermelha, desistiu, diz a Folha.

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Volta para o Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente.

A desculpa é que o Alvorada é “grande e longe demais”.

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Longe, não é, porque não deve distar sequer 1 km do Jaburu, e isso é nada para quem só anda de carro oficial.

Quanto ao grande, tem razão, mas talvez essa “grandeza” seja mais fruto da pequenez do ocupante, que sabe estar ali por uma usurpação.

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Nada contra se Temer não quisesse morar num palácio, mas o Jaburu também é um. Um pouco menor, mas não pequeno. A diferença é que é mais discreto e recolhido, como um vice deve ser.

O mais provável é que tenha sido mesmo a velha culpa, aquele sentimento opressivo que vem a quem assassinou politicamente uma presidente eleita  e, pelo crime, apossou-se do seu cargo e de seu lugar de moradia.

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O cargo, Temer exerce sem remorso ou contenção.

Mas a casa, com aqueles imensos salões, à noite, é cheia dos fantasmas do remorso, que Sartre simbolizou tão bem como moscas: afasta-se-as (mesóclise é para todos), mas elas voltam, insistem, teimam.

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Eram, na peça, a Erínias gregas, as filhas da noite,  horríveis  demais para serem olhadas, que perseguiam e atormentavam os criminosos fossem para onde fossem, por mais que insistissem em se livrar delas.

Ou, talvez, para dar uma explicação mais à altura da turma que chegou ao poder, seja melhor recorrer a Cinderela, dos Irmãos Grimm: está chegando a hora de voltar a ser abóbora.

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