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Mídia

Tijolaço: varejo presidencial é clima de fim de feira

Editor do blog Tijolaço analisa o isolamento de Michel Temer e as dificuldades que se avizinham do peemedebista; "O que era possível quando tinha Cunha, Geddel e Padilha, o “Trio Parada Dura” para lidar com o baixo clero, não é possível fazer diretamente, ainda mais agora que há sinais cada vez mais evidentes de que a mídia parou de lhe dar encobrimento total, como na tardia “descoberta” da Globo de que o “Fora Temer” desfilou no Carnaval. A ida de temer para o balcão é – e seus “clientes” nada bobos percebem – o clima de fim de feira de um governo que, com tudo na mão – da mídia à inflação – só conseguiu em seus dez meses de usurpação do poder degastar-se e sofrer baixas", escreve Fernando Brito

(Brasília - DF 16/01/2017) Entrevista para a agência Reuters. Foto: Alan Santos/PR (Foto: José Barbacena)
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Por Fernando Brito, no Tijolaço - Certamente não é por gosto que Michel Temer assumirá, pessoalmente, o troca-troca com a Câmara dos Deputados para a aprovação – “no que der” – da reforma da Previdência. Porque passar, tal como está, nem mesmo nos seus delírios noturnos ele sabe ser impossível.

É absoluta e desastrosa necessidade.

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A confirmação de que a licença médica de Eliseu Padilha se estenderá por até três semanas, dada por Sonia Racy, no Estadão– talvez a agonia política do quase ex-Ministro da Casa Civil não dure tanto – ratifica o que todos vêm percebendo: caíram ou foram para o canto do tabuleiro todas as peças em torno do Rei e ele passa a ter se defender com movimentos próprios, que são extremamente limitados quando se é Presidente da República.

Isso é uma regra básica que, aliás, Temer ignorou no seu famoso jantar no Palácio do Jaburu, quando pediu quantia certa e com destino (já não tão certo) ao empresário Marcelo Odebrecht , o que lhe rende os “pacotes” em que se vê embrulhado agora.

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É que há distância entre intenção e gesto. Da intenção, no máximo, poderia tratar aquele homem que queria ser rei e se tornou, afinal, pela traição. O gesto fica para outra hora, nunca a mesma, e para seus auxiliares.

Mesmo que as moedas sonantes, agora, sejam “apenas” cargos e influências, igual não conviria que o próprio Presidente tivesse da tratar, nos seus detalhes, dos gestos da cooptação, sobretudo com uma clientela bem menos discreta que Marcelo Odebrecht.

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Não conviria, mas não há outro jeito, porque aquilo que sobrou a Temer para usar como interposta pessoa é menos que nada, é contraproducente.

O que era possível quando tinha Cunha, Geddel e Padilha, o “Trio Parada Dura” para lidar com o baixo clero, não é possível fazer diretamente, ainda mais agora que há sinais cada vez mais evidentes de que a mídia parou de lhe dar encobrimento total, como na tardia “descoberta” da Globo de que o “Fora Temer” desfilou no Carnaval.

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A ida de temer para o balcão é – e seus “clientes” nada bobos percebem – o clima de fim de feira de um governo que, com tudo na mão – da mídia à inflação – só conseguiu em seus dez meses de usurpação do poder degastar-se e sofrer baixas.

Há um clima de “não me deixem só” em Brasília.

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