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Mídia

‘Ucrânia em Chamas’: assista ao documentário para conhecer as raízes do conflito com a Rússia

Produção com participação de Oliver Stone mostra como a Ucrânia se dividiu entre correntes nacionalistas e pró-Rússia desde 2014, situação que levou à guerra atual

(Foto: Reprodução)
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Rede Brasil Atual - Para entender melhor o conflito entre Rússia e Ucrânia que completa 40 dias neste domingo (3), há uma boa fonte de informação no YouTube: os documentários com as histórias longeva e recente da Ucrânia, país que desde 2014 vive uma crise de identidade, com sua população dividida entre as correntes nacionalistas e pró-Rússia.

Ucrânia em Chamas (2016), do cineasta ucraniano Igor Lopatonok, com a participação de Oliver Stone, é com certeza uma boa referência entre esses documentários. Trata das raízes históricas do nacionalismo no país para contar como se desenrolaram os embates que culminaram com o golpe que depôs o presidente Viktor Ianukovytch, em fevereiro de 2014.

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Desde então, a Ucrânia vive a emergência de um poder nacionalista, que abriga setores neonazistas, e o país se encontra sob conflitos.

“A Ucrânia foi durante séculos pertencente à Rússia, 70 anos como União Soviética, e a parte sudeste da Ucrânia é dominantemente russa, de fala russa. Essa área se tornou parte da Ucrânia com o desmantelamento da União Soviética. Em acordos, se definiu autonomia para essas regiões, mas isso nunca foi respeitado”, afirma o professor da PUC-SP Ladislau Dowbor ao falar à TVT sobre o documentário.

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A história mostra que na Segunda Guerra Mundial a porção oeste da Ucrânia participou ao lado dos alemães, lembra ainda o professor.


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Com o fim da União Soviética, em 1991, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se expandiu para 13 países do Leste Europeu, até a fronteira com a Rússia.

Em 2012, o governo de Ianukovytch aprovou uma lei tornando o Russo a segunda língua oficial no Sul e Leste do país, áreas em que a população russa é maioria. Desde então, surgiram protestos em massa de grupos nacionalistas contra a lei.

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Em fevereiro de 2014, após a queda de Ianukovytch, o novo governo, liderando pelo presidente interino Oleksandr Turchynov, atuou pela anulação da língua russa. A população pró-Rússia saiu às ruas em protesto. E os grupos nacionalistas também se insurgiram, houve tensão social, como em Donetsk, em 13 de março de 2014. Uma morte e 50 feridos em marcha pró-Rússia foi o saldo daquele momento.

Manifestantes tomaram o prédio do governo e proclamaram uma república popular em Donetsk em 7 de abril de 2014, ao que o novo governo de Kiev respondeu com uma ação “antiterrorista” no leste da Ucrânia.

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Enquanto isso, segundo o documentário de Stone e Lopatonok, a mídia ‘gritava’ que a Rússia havia invadido a Ucrânia. O documentário mostra como o conflito interno no país foi se tornando cada vez mais violento e mortal e o novo governo de inspiração nacionalista passou a receber ajuda financeira dos Estados Unidos, que não se importaram com o viés neonazista adotado por Turchynov. “Ele é o responsável por fazer um governo contra seu próprio povo”, afirmou Ianukovytch.

Uma ocorrência emblemática dos conflitos em que o país mergulhou se deu na cidade de Odessa. Um movimento de oposição ao novo governo se formou na cidade portuária, com um acampamento em frente a um prédio chamado “Casa dos Sindicatos”. Em 2 de maio, torcedores de futebol apoiados pelo governo nacionalista se reuniram no centro de Odessa para uma partida do campeonato ucraniano. Boa parte desses torcedores era de combatentes de unidades de defesa de organizações radicais de direita do país.

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O documentário mostra que o futebol foi só um motivo para reunir os nacionalistas que na verdade estavam lá para atacar os trabalhadores pró-Rússia. Cercados, os trabalhadores do acampamento se refugiaram no prédio dos sindicatos, que foi atacado pelos nacionalistas com coquetéis molotov. O resultado foi 31 mortes entre os trabalhadores, a maioria por intoxicação de fumaça. Alguns morreram ao pular das janelas. E a polícia demorou para chegar, permitindo a ação dos nacionalistas.

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