Violência política no Brasil pode aumentar com eleição de Bolsonaro, dizem especialistas
O alto grau de violência das eleições deste ano no Brasil chocou boa parte dos brasileiros e chamou a atenção do mundo; o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) chegou a emitir uma nota em que condenou as agressões praticadas no Brasil durante as eleições deste ano; há consenso entre especialistas que a ascensão de Bolsonaro acarrete em um aumento significativo da violência no país
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247- O alto grau de violência das eleições deste ano no Brasil chocou boa parte dos brasileiros e chamou a atenção do mundo. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) chegou a emitir uma nota em que condenou as agressões praticadas no Brasil durante as eleições deste ano. Há consenso entre especialistas que a ascensão de Bolsonaro acarrete em um aumento significativo da violência no país.
O site Sputnik News destaca que "os casos como o do assassinato do capoeirista e músico Môa do Katendê, que foi assassinado após se envolver em uma briga motivada por divergência política. Ou até mesmo o episódio que envolveu o próprio presidente eleito, Jair Bolsonaro, que levou uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) tendem a não ser isolados".
Para Carlos Eduardo Martins, professor da UFRJ, a revogação do Estatuto do Desarmamento, proposta pelo presidente eleito, podem aumentar o grau de violência das divergências políticas: "o candidato vitorioso diz que pretende armar a população. Inclusive vários dos seus adeptos poderão se armar e isso coloca risco que os conflitos políticos possam vir a ser conflitos armados", disse.
GUilherma Carvalhido, cientista político da Universidade Veiga de Almeida, entende que é necessário que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), adote uma postura que priorize o discurso não-violento: "é minha grande dúvida se o novo governo vai sinalizar nesse sentido, se ele sinalizar contra a violência automaticamente a gente vai ter uma diminuição, caso contrário a gente vai ter ainda, infelizmente, situações de rusgas e violências e brigas por causa disso", afirmou.
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