Afeganistão vai receber ajuda internacional de US$ 16 bilhões até 2015
Em contrapartida, o presidente afegão, Hamid Karzai, reafirmou seu compromisso de lutar "com vigor" contra a corrupção e fortalecer os direitos humanos no País, após a retirada das tropas estrangeiras em 2014
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Opera Mundi - O presidente afegão, Hamid Karzai, pediu neste domingo (08/07) apoio durável da comunidade internacional para enfrentar a chamada "década de transformação", após a retirada das tropas estrangeiras em 2014, ao mesmo tempo em que reafirmou seu compromisso de lutar "com vigor" contra a corrupção. Karzai fez estas declarações durante a abertura da Conferência de Tóquio sobre o Afeganistão, da qual participam representantes de 80 países e organismos internacionais.
"Apesar de todas as conquistas, o Afeganistão continua sendo vulnerável. Nossa economia continua sendo pouco desenvolvida, o ramo empresarial é inexistente e nossos recursos naturais estão em grande parte intactos. Levará muitos anos de trabalho de nossa parte, nos quais ainda teremos que receber assistência", explicou o presidente afegão.
Os países doadores darão mais de 16 bilhões de dólares ao Afeganistão entre 2012 e 2015 para o desenvolvimento do país e manterão até 2017 uma ajuda "próxima ao nível" da facilitada na década passada, segundo a declaração emitida ao término da Conferência de Tóquio, que durou apenas um dia.
O Governo afegão, por sua vez, se comprometeu a fortalecer a governança, os direitos humanos e o Estado de Direito, assim como potencializar a luta contra a corrupção e melhorar a gestão financeira. "O Governo afegão cumprirá estes compromissos. Não falamos do que ocorreu até agora, mas do que ocorrerá no futuro", assegurou o ministro de Exteriores afegão, Zalmai Rassoul.
A ajuda prometida em Tóquio está em linha com a solicitada pelos afegãos, que tinham solicitado cerca de 4 bilhões de dólares por ano em assistência civil. Após a reunião na capital japonesa, os 55 países e 25 organismos internacionais presentes emitiram a "Declaração de Tóquio", que estabelece "novas bases mais fortes" para uma associação que apoie o crescimento e desenvolvimento afegão na década posterior à retirada das tropas, em 2014.
A este documento uniu-se um segundo, o chamado "Marco de Tóquio de Responsabilidade Mútua", que detalha os compromissos de ambas as partes - tanto da comunidade internacional como do Governo de Cabul - para o desenvolvimento afegão nos próximos anos. Assim, a ajuda ao desenvolvimento será condicionada ao cumprimento destas promessas, que por parte afegã incluem a melhora da governança, da igualdade e dos direitos humanos, da luta contra a corrupção e o narcotráfico e eleições presidenciais críveis e transparentes em 2014.
A Conferência de Tóquio aconteceu apenas dois meses depois da cúpula da Otan em Chicago (EUA), na qual o organismo se comprometeu a destinar 4,1 bilhões de dólares ao Afeganistão após a retirada total das tropas, destinados às forças locais de segurança.
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