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Após mandar fechar consulado chinês, EUA acusam China de esconder espião

Os Estados Unidos acusaram o consulado chinês em São Francisco de esconder um cientista supostamente investigado por fraudes em seu visto para entrar no país

Após mandar fechar consulado chinês, EUA acusam China de esconder espião (Foto: Xinhua)

247 - Os Estados Unidos voltaram a atacar a China, nesta quinta-feira, 23, acusando o consulado chinês em São Francisco de esconder um cientista supostamente investigado por fraudes em seu visto para entrar no país. A China afirmou que trata-se de um pretexto para o imperialismo assediar os acadêmicos chineses que estão nos EUA.

O FBI reforçou que o cientista se esconde no consulado chinês. O perseguido é Juan Tang, que trabalhou na Universidade da Califórnia, em Davis, e foi acusado no mês passado de ter fraudado um visto para entrar no país. A promotoria norte-americana afirmou que, enquanto dizia ser cidadão, ele  era na verdade um espião do exército chinês.

Na quarta-feira (22), Trump deu prazo de 72 horas para que o consulado chinês em Houston fosse fechado e que os funcionários deixem o prédio até o final de semana. A medida foi tomada um dia depois que o Departamento de Justiça acusou dois cidadãos chineses de trabalhar para seu governo, roubando propriedade intelectual de empresas ocidentais em 11 países, incluindo dados sobre o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19. 

Bolton disse que a ordem é justificada, após suspeitas de espionagem. A China, entretanto, disse que irá reagir. Se a Casa Branca não "reverter essa decisão errônea", Pequim "reagirá com contramedidas firmes", alertou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.

"O fechamento unilateral do consulado geral da China em Houston dentro de um curto período de tempo é uma escalada sem precedentes de suas ações recentes contra a China", disse.

“Instamos os EUA a revogar imediatamente essa decisão errônea. Se insistir em seguir esse caminho errado, a China reagirá com contramedidas firmes”, completou Wenbin.

As tensões entre os dois países aumentaram nos últimos meses após a aprovação pela China de uma Lei de Segurança Nacional contra as manifestações, apoiadas pelos EUA, em Hong Kong.