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Argentina deve se aproximar de Rússia e China após vitória de Alberto Fernández e Cristina Kirchner

"Houve muitos sinais de Moscou e Pequim para convencer Alberto Fernández sobre a necessidade de não se atar às receitas ortodoxas dos Estados Unidos e começar a modelar a Argentina pelo mantra oriental", diz o professor Martín Dinatale

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Sputinik – O professor de história argentino Martín Dinatale analisou como as eleições no país poderão influenciar as relações entre Moscou e Buenos Aires e atrair investimentos para a Argentina.

Desde que Maurício Macri assumiu a presidência da Argentina, o país experimentou um esfriamento de suas relações com Moscou e Pequim. Projetos desenvolvimentistas e investimentos de ambos os países perderam o foco do governo argentino.

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Este quadro contradiz os anos do kirchnerismo, quando Cristina Kirchner aprofundou suas relações com a Rússia e a China.

Sendo assim, ambos os países fizeram sua aposta no candidato da oposição à presidência, Alberto Fernández, que tem Cristina Kirchner como sua vice.

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Em artigo publicado no portal argentino Infobae, o professor e jornalista Martín Dinatale explicou as esperanças que tanto Moscou quanto Pequim têm em uma possível vitória de Fernández.

"Houve muitos sinais de Moscou e Pequim para convencer Alberto Fernández sobre a necessidade de não se atar às receitas ortodoxas dos Estados Unidos e começar a modelar a Argentina pelo mantra oriental", escreveu Dinatale em seu artigo.

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Esta abordagem seria uma tentativa de superar o afastamento da Argentina de Moscou e Pequim tanto na economia quanto na política regional. O governo de Macri cancelou por três vezes um acordo com o gigante asiático para a construção de uma usina nuclear em Campana, em um investimento de US$ 9 bilhões (cerca de R$ 36,5 bilhões).

Enquanto o governo Macri teme que as relações com a China e Rússia possam afetar seu relacionamento com os Estados Unidos, empresas russas acreditam que o candidato da oposição possa mudar esse quadro, como revela Dinatale.

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"Está claro que com a eventual chegada de Alberto Fernández ao poder se abre uma grande possibilidade de negócios com a Rússia", disse Olesya Kazakova, representante de empresas petroleiras russas na Argentina citada pelo Infobae.

Atualmente, tais empresas se interessam pela exploração de hidrocarbonetos em Vaca Muerta.

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Encontros

Em sua análise, Dinatale diz que autoridades russas já se encontraram com membros da chapa de Fernández, tais como um de seus responsáveis pelas relações exteriores, Jorge Taiana. O objetivo seria discutir investimentos na Argentina.

Entre os projetos estaria a construção de uma usina nuclear, que segundo a oferta russa seria totalmente coberta pelo capital russo.

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"A Rússia entende que a Argentina está passando por um momento econômico complexo, mas agora está disposta a financiar por completo a usina nuclear", disse Dmitry Feoktistov, embaixador da Rússia em Buenos Aires, ao Infobae.

Além do setor energético, empresas russas do setor ferroviário, militar e químico planejam ter maior presença no mercado argentino, tanto oferecendo fertilizantes para agricultura no país até um navio para operações na Antártida.

Venezuela

Outro ponto importante que tange as relações entre a Argentina e a Rússia é a crise venezuelana. Segundo Dinatale, o governo Macri tentou convencer Moscou a aceitar o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, como uma alternativa para a crise, oferta que tem sido rechaçada por Moscou.

"Fulvio Pompeo, secretário de Assuntos Estratégicos de Macri, teve há dois meses uma reunião em Moscou com a chancelaria russa e tratou de transmitir a necessidade de a Rússia aceitar Guaidó como uma solução para a Venezuela", afirmou Dinatale.

Por sua vez, o kirchnerismo vê a crise venezuelana de outro ângulo, não apoiando a pressão de Washington contra Caracas.

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