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Assange teria avisado a Casa Branca de 'risco de tortura e morte' antes de vazar documentos

Se for levado e condenado nos Estados Unidos, Assange pode enfrentar uma pena de prisão de até 170 anos

(Foto: Sputnik)
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Sputinik - Segundo afirmou a defesa do denunciante, o fundador do WikiLeaks teria contatado há uma década Hillary Clinton, a então secretária de Estado, avisando do perigo da liberação de documentos.

A alegação foi feita no segundo dia da audiência sobre a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, na Corte de Woolwich, em Londres. Assange está lutando contra ser enviado à força para os Estados Unidos para ser julgado por causa do vazamento, em 2010, de materiais confidenciais relacionados com operações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque.

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A equipe de defesa do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse na audiência de extradição de terça-feira (25) em Londres que seu cliente tentou entrar em contato com a Casa Branca para avisar de que documentos não editados estavam prestes a ser liberados na Internet, de acordo com a emissora BBC.

Os advogados de Assange rejeitaram as alegações dos procuradores de que o denunciante colocou "conscientemente" centenas de fontes em todo o mundo em perigo de "tortura e morte" através da publicação de materiais confidenciais contendo nomes ou outros detalhes pessoais.

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Argumento da defesa

Os advogados argumentaram em tribunal que Assange telefonou para a Casa Branca e pediu para falar com a então secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, sobre "uma questão de urgência" devido ao receio de que as informações fossem subidas por terceiros que acessassem os documentos vazados.

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Mark Summers, membro da equipe de defesa de Assange, disse que o australiano advertiu: "Não entendo porque não estão vendo a urgência disto. A menos que façamos algo, vidas de pessoas serão postas em risco."

A equipe argumentou que o pedido de extradição deturpa os fatos "de forma arrogante e descarada".

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Segundo citado pela BBC, a defesa alega que Assange começou a editar 250 mil documentos vazados em dezembro de 2011, com a ajuda de parceiros da mídia em todo o mundo, juntamente com o governo dos EUA. Os advogados culparam o jornal The Guardian, que publicou um livro em 2011 que continha uma senha para os documentos vazados.

"Esse processo envolveu o governo dos EUA e o Departamento de Estado sugerindo edições para a mídia. Sabendo que o governo americano estava envolvido no processo de edição, poderemos dizer de alguma forma que o pedido é uma representação justa ou precisa do que ocorreu?", disse Summers, citado pela Sky News.

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"[Assange] não precisava publicar as mensagens não editadas", disse James Lewis, um representante de Washington. "Ele decidiu fazê-lo em um site amplamente seguido e facilmente pesquisável, sabendo que era perigoso fazer isso."

Acusações a Assange

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Julian Assange, natural da Austrália, é procurado pelos norte-americanos para ser extraditado aos EUA para enfrentar acusações de espionagem por vazamento de material confidencial relacionado a operações militares dos EUA no Afeganistão e Iraque em 2010.

Se for levado e condenado nos Estados Unidos, Assange pode enfrentar uma pena de prisão de até 170 anos. A audiência inicial em curso em Londres continuará provavelmente pelo resto desta semana, com uma segunda audiência marcada para maio.

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