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Até tu Francisco?

O Papa que parece ser o mais populista da história do Papado parece ser por via de consequência o mais aleivoso e simpatizante dos artifícios da demagogia, tipificação muito peculiar às esquerdas da América Latina

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Não me reverte como um orgasmo intelectual a mera opinião pela opinião. Opinião despida de fundamentação não pode ser a tônica de qualquer artigo, ainda que de opinião, a fundamentação do que aduz o emissor se faz imperiosa. Admite-se, entrementes, que uma crônica atenha-se exclusivamente ao espectro intuitivo e oferte ao escrito alguma credibilidade, desde que o receptor da mensagem consiga discernir as diferenças que se permite pretender com as duas proposições.

Introduzo-me desta forma, pois não trarei qualquer fundamentação à minha proposição temática nesta crônica, manter-me-ei na seara das impressões no modesto objetivo de estimular o exercício da reflexão.

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Em meio a uma notável crise na cúria vaticana elege-se um primeiro Papa latino e de origem jesuíta, especificidades que excepcionam o esperado, a normalidade, o que era a prima facie, a partir de uma análise perfunctória, intuitivo. Perseverando pela reflexão passa-se a compreender que a Igreja Católica necessitava de uma figura capaz de mover montanhas sem retirá-las do local, por mais paradoxal que isso venha a se revelar.

A Igreja Católica vem perdendo geração a geração rebanhos e mais rebanhos de seus feieis suplantada por outras proposições de fé mais antenadas as novas exigências da modernidade. A credibilidade que em outrora se conseguia manter praticando-se a máxima opacidade informativa, a revolução dos meios de comunicação tornaram as mazelas da Igreja Católica não diria transparentes, mas impuseram realidades translúcidas veementemente desagradáveis.

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Se sérios desvios de condutas de seus representantes já se tinham notícias em outrora, com a modernização da informação os subterfúgios argumentativos da negação e da máxima exceção por parte da igreja por seus malfeitos passaram a se mostrar infrutíferos perante seus fieis, quando o que era opaco clareou e a credibilidade de parcela de seus dogmas rumou o percurso gradual do descrédito.

Elege-se um Papa midiático, que a biografia mostra suspeita de condescendência com o poder central em seu país de origem em uma época de liberdades usurpadas. Mostra-se um Papa experimentado na arte de se adequar ao modelo imposto, mas ao mesmo tempo com capacidade para ludibriar consciências a partir de seu carisma, digamos, populista.

Escolhe o nome de Francisco no objetivo de se aproximar do rebanho, abdica não do trono do papado, mas midiaticamente de algumas supérfluas mordomias peculiares à posição de Papa, como anel de ouro e outras pequenas demonstrações de riqueza. Passa a optar pela quebra de protocolos em suas aparições e desta forma passa a ter holofotes mais atentos e curiosos por sua próximas aparições.

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Sua aptidão midiática denotava-se notória na Argentina. Envolvido em matéria de Estado estava Bergóglio concedendo entrevistas e misturando política com fé. Escolhido Papa pelos, entendo, motivos elencados, promove a cerimônia de lava-pés que já recebia ampla cobertura da mídia argentina e agora chama a atenção do mundo.

Chamo a reflexão o motivo da escolha de detentos no propósito de lavar e beijar seus pés. Fez-me rememorar as tristes cenas que somos obrigadas a assistir de políticos venais em período de campanha política, quando pegam as crianças negras, de preferência as mais sujinhas e de nariz escorrido, ergue-as e concede-as um acalentado e longo beijo, os mesmos que promovem um olfativo abraço no mendigo mais sujo da rua e em momento seguinte procura a câmera com a face consternada pelo presente e dadivosa pelo futuro que só ele propiciará caso eleito.

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É verdade que se faz possível mais de uma leitura ao gesto de máxima humildade serviente do Papa ao lavar e beijar os pés já devidamente higienizados dos detentos previamente escolhidos. Será que em sua visita ao Brasil o Papa terá o mesmo gesto com os pobres meninos do tráfico que cumprem medidas socioeducativas por homicídios? Qual seria o moral dessa história? Por que dentre bilhões o Papa reverencia humildemente malfeitores da sociedade? Prêmio por bravura? Por serviços prestados à sociedade? Qual o critério prático?

De fato, essa é uma prática, diz a lenda, iniciada por Cristo e que a Igreja Católica mantém na cerimônia de lava-pés, quando a mídia é convocada onde quer que ela aconteça. Não se tem notícias que qualquer Papa haja protagonizado como Papa, esta cerimônia, ou ao menos, não se convocou a mídia para que se ofertasse publicidade.

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O Papa que parece ser o mais populista da história do Papado parece ser por via de consequência o mais aleivoso e simpatizante dos artifícios da demagogia, tipificação muito peculiar às esquerdas da América Latina que se encontram no poder, por isso pode ser de fato uma forma para arrebanhar, por exemplo, os brasileiros que demonstram serem adeptos desses meios de convencimento mais rasteiro. Acredito muito na máxima de que na maior parte das vezes menos é mais. Bom, esta é a minha impressão, nada fundamentada, de forma alguma imposta como "dogma", apenas um bate-bola de botequim pré-jogo a partir de impressões fáticas captadas, conjecturas.

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