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Barbárie no Egito: tiroteio até numa mesquita

Três testemunhas viram atiradores dispararem de uma janela da mesquita de Al-Fath, onde apoiadores do presidente deposto, Mohamed Mursi, se abrigaram durante os ferozes confrontos no coração da capital egípcia na sexta-feira

An injured supporter of ousted Egyptian President Mohamed Mursi is carried into a mosque in Ramses Square in Cairo August 16, 2013. Protests by supporters of ousted Islamist President Mohamed Mursi turned violent across Egypt on Friday, with witnesses rep (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Issam Abdallah e Crispian Balmer

CAIRO, 17 Ago (Reuters) - Forças de segurança esvaziaram uma mesquita no Cairo depois de uma luta armada com seguidores da Irmandade Muçulmana neste sábado, enquanto o governo egípcio enfrenta o aprofundamento do caos e cogita proibir o grupo islâmico.

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Três testemunhas da Reuters viram atiradores dispararem de uma janela da mesquita de Al-Fath, onde apoiadores do presidente deposto, Mohamed Mursi, se abrigaram durante os ferozes confrontos no coração da capital egípcia na sexta-feira.

Outro atirador foi exibido pela TV disparando do minarete da mesquita, e soldados do lado de fora atirando em resposta. Horas mais tarde, a polícia chegou e isolou o edifício, fazendo dezenas de prisões enquanto multidões nas ruas a saudavam.

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Não ficou claro se alguém morreu nos embates - o quarto dia de violência no Egito, que deixou quase 800 pessoas mortas. Distúrbios também foram relatados na segunda maior cidade, Alexandria, onde um escritório da Irmandade Muçulmana foi incendiado.

Com a revolta crescendo dos dois lados, o primeiro-ministro Hazem el-Beblawi propôs desfazer a Irmandade, apostando alto na luta sangrenta entre o Estado e os islamitas pelo controle da nação mais populosa do mundo árabe.

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"Não estamos enfrentando divisões políticas, e sim uma guerra levada a cabo por extremistas caminhando diariamente para o terrorismo", disse o conselheiro político presidencial Mostafa Hegazy a repórteres.

Se Beblawi for adiante com a proposta de banir a Irmandade, isso levaria o grupo à clandestinidade e poderia permitir detenções em larga escala de seus membros à margem da lei.

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Muitos aliados ocidentais têm criticado a onda recente de mortes, incluindo os Estados Unidos, alarmados com o tumulto em um país que tem um acordo de paz estratégico com Israel e opera o Canal de Suez, uma das maiores artérias do comércio global.

A Arábia Saudita, no entanto, deu seu apoio de peso ao governo na sexta-feira, acusando seus velhos inimigos da Irmandade Muçulmana de tentar desestabilizar o Egito.

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O Ministério da Saúde afirmou que 173 pessoas morreram em confrontos por todo o país na sexta-feira, incluindo 95 no centro do Cairo, depois que a Irmandade conclamou um "Dia de Fúria" para denunciar a repressão de seus seguidores na quarta-feira, que matou pelo menos 578 pessoas.

Cinquenta e sete policias morreram ao longo de três dias, afirmou o Ministério do Interior.

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Entre os mortos na sexta estava o filho do líder da Irmandade, Mohamed Badie, baleado perto da mesquita de Al-Fath, que foi rapidamente transformada em um necrotério improvisado e refúgio para centenas de apoiadores de Mursi que tentavam escapar do banho de sangue.

O edifício foi cercado da noite para o dia e a polícia disparou gás lacrimogêneo na sala de oração no início da tarde, enchendo o ambiente de fumaça branca e deixando seus ocupantes sem ar.

Pouco depois tiros foram disparados de ambos os lados.

As autoridades egípcias afirmam ter detido mais de mil islamitas depois dos protestos de sexta-feira, mostrando um homem algemado na TV com uma arma automática no colo.

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