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Biden e Putin alertam para rompimento de relações em caso de escalada na Ucrânia

Em conversa por telefone, líderes mantiveram tom incisivo aliviado apenas por promessas de conduta diplomática

Biden e Putin conversam em Genebra (Foto: Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via REUTERS)
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Reuters - Em meio ao aumento das tensões em torno da Ucrânia, os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram por videochamada nesta quinta-feira (30) e alertaram para um possível rompimento na relação entre os dois países em decorrência da escalada de ânimos no leste europeu.

EUA e Rússia passam por um dos momentos de maior tensão da história recente depois que Kiev e Washington acusaram Moscou de planejar um ataque contra a Ucrânia após posicionar dezenas de milhares de soldados próximos à fronteira da ex-república soviética

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Na ligação, que durou 50 minutos, Biden "deixou claro que os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de forma decisiva se a Rússia avançar na invasão da Ucrânia", informou a Casa Branca, por meio de um comunicado.

A Rússia anexou em 2014 a península da Crimeia, em resposta a uma revolução pró-Ocidente, que derrubou um presidente alinhado ao Kremlin. Os russos também são acusados de apoiar separatistas ucranianos que lutam contra o governo de Kiev no leste do país.

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Biden voltou a ameaçar a Rússia com sanções econômicas em caso de ataque, o que Putin chamou de "um erro colossal".

"Nosso presidente respondeu imediatamente [à ameaça] que se o Ocidente decidir, nesta ou em outras circunstâncias, impor estas sanções sem precedentes que foram mencionadas então, isso poderia levar a um rompimento total dos laços entre nossos países e causar o dano mais sério para relações entre a Rússia e o Ocidente ", disse assessor do Kremlin, Yuri Ushakov.

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Apesar das tensões de ambos os lados, Ushakov disse a repórteres que o Kremlin estava satisfeito com a conversa e que os os dois líderes pareciam prontos para avançar diplomaticamente.

Moscou nega que esteja preparando uma invasão à Ucrânia, apesar da movimentação militar na fronteira. "Esta não é a nossa escolha [preferida], não queremos isso", disse Putin na semana passada. A Rússia alega que tem direito de mover suas tropas como quiser em seu território.O Kremlin, porém, não descarta uma resposta militar se a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), à qual a Ucrânia deseja se integrar, persistir com sua expansão para o leste. O presidente russo ameaçou adotar medidas "militares e técnicas" caso suas reivindicações não sejam atendidas.

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Putin quer garantias de segurança no leste europeu por parte do Ocidente, o que foi mencionado no telefonema nesta quinta. Segundo o Kremlin, Biden concordou que Moscou precisa de tais garantias para avançar nas negociações, mesmo que ainda haja diferenças entre os dois países.

As tensões com Kiev levaram as relações Leste-Oeste ao seu pior momento nas três décadas desde o colapso da União Soviética. Os EUA, a União Europeia e o G7 alertaram Putin de que ele enfrentará graves consequências, incluindo duras sanções econômicas, caso ocorra qualquer nova agressão russa.

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Em meio ao conflito, os dois líderes anunciaram que vão se reunir presencialmente em 10 de janeiro em Genebra, na Suíça. A reunião desta quinta, de acordo com os dois governos, serviu para "estabelecer o tom" das conversas no próximo mês. Uma fonte do Conselho de Segurança Nacional dos EUA afirmou que as negociações serão seguidas por uma reunião entre Rússia e Otan em 12 de janeiro. Um dia depois deve acontecer um encontro mais amplo, incluindo Moscou, Washington e países europeus.

Um relatório americano apontou que a Rússia começaria a retirar 10 mil soldados da fronteira, mas autoridades dos EUA disseram ter poucas evidências do recuo, o que manteve as preocupações por parte do governo Biden, segundo um alto funcionário da administração disse à agência de notícias Reuters.

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De acordo com o relato, concedido sob anonimato, os EUA estão em um momento de crise que exige um alto nível de engajamento para encontrar um caminho de desaceleração das tensões.

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