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Brasil condena assassinato de opositor na Venezuela

Segundo nota divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro condenou o assassinato de Luis Manuel Díaz, opositor venezuelano dirigente do partido Ação Democrática (AD), e cobrou o governo de Nicolás Maduro para que mantenha a ordem durante o processo de eleições legislativas que acontece na Venezuela na próxima semana

Estudantes opositores gritam frases durante um protesto contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela. 21/11/2015 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins (Foto: Gisele Federicce)
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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro condenou, em nota, o assassinato de Luis Manuel Díaz, opositor venezuelano dirigente do partido Ação Democrática (AD), e cobrou o governo de Nicolás Maduro para que mantenha a ordem durante o processo de eleições legislativas que acontece na Venezuela na próxima semana.

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"Ao condenar com firmeza esse lamentável incidente, o governo brasileiro recorda que é da responsabilidade das autoridades venezuelanas zelar para que o processo eleitoral que culminará com as eleições no dia 6 de dezembro transcorra de forma limpa e pacífica, de modo a permitir que o povo venezuelano exerça com tranquilidade seu dever cívico e tenha plenamente respeitada sua vontade soberana", diz a nota divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores.

Díaz foi morto a tiros na quarta-feira, durante um comício no Estado de Guárico, na região central da Venezuela.

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Um dos líderes da coalizão de oposição Mesa de Unidade Democrática, o opositor discursava, ao lado de Lilian Tintori – mulher de um dos principais líderes da oposição, Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão– quando os tiros partiram de um carro que passou em alta velocidade.

A oposição atribui a morte a grupos armados vinculados ao PSUV, partido de Maduro, o que o presidente negou ontem veemente em um discurso.

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A missão da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que está na Venezuela para acompanhar o processo eleitoral, condenou o uso de violência nas eleições e cobrou a apuração dos fatos.

Na nota, o Itamaraty também cobra, ainda que em linguagem diplomática, a ação de Maduro contra a violência.

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"O governo brasileiro confia em que o governo venezuelano atuará para coibir quaisquer atos de violência ou intimidação que possam colocar em dúvida a credibilidade do processo eleitoral em curso e a legitimidade dos resultados da votação."

Apesar da linguagem diplomática, o governo brasileiro subiu o tom na condenação à Venezuela pela primeira vez desde o acirramento da crise política deste ano.

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A nota foi negociada diretamente no Palácio do Planalto por instrução da presidente Dilma Rousseff. A intenção foi mostrar para a o governo de Nicolás Maduro que o país está passando dos limites aceitáveis pelo Brasil, hoje ainda o fiador da presença da Venezuela no Mercosul, informaram à Reuters duas fontes do governo.

Na semana passada, contou uma fonte do Planalto, o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, foi à Venezuela e levou uma carta assinada pela presidente em que Dilma falava da necessidade de se dar conta da "inflexão à direita" na América do Sul e da necessidade de que os países de esqueda da região se dêem conta que a imagem da esquerda democrática na região está nas mãos deles, além de acrescentar sua "expectativa" de que as eleições sejam isentas e ocorram em tranquilidade. A carta foi enviada antes da morte de Díaz.

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O desagrado do governo brasileiro com a situação venezuelana vem crescendo. Recentemente, Maduro atraiu a ira da presidente ao vetar o nome de Nelson Jobim para ser o observador do Brasil na missão eleitoral da Unasul.

Com o veto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se retirou da missão. Na quinta-feira, o governo brasileiro informou que o cônsul-geral do Brasil em Washington, embaixador Antonino Mena Gonçalves, será o representante brasileiro na missão.

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