Capriles denuncia fraude constitucional na Venezuela
Capriles afirmou que “ninguém elegeu Maduro como presidente”, em referência ao fato de, na Venezuela, vice-presidentes serem indicados diretamente pelo chefe de Estado. “O povo não votou por você, Nicolás. O poder na Venezuela não é passado por decretos, te digo muito claro, Nicolás”, continuou o governador de Miranda, que lidera a oposição no país

Do Opera Mundi - Em meio aos sete dias de luto decretados pela morte de Hugo Chávez, seu adversário na eleição de 7 de outubro e atual governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, criticou decisão desta sexta-feira (08/03) do Supremo Tribunal venezuelano, que ratificou que, frente à falta absoluta do presidente, Nicolás Maduro será juramentado como presidente interino e poderá ser candidato, sem renunciar, à Presidência.
Chamando Maduro de mentiroso, Capriles disse que a posse é “espúria” e que no país “o poder não é passado através de decretos”. Se justificando por convocar a coletiva de imprensa em meio ao luto nacional, o provável candidato na próxima eleição presidencial falou que desde terça-feira (05/03) – data da morte do presidente – até hoje, falou que “havia guardado silêncio por respeito e consideração”, mas com o juramento de Maduro, decidiu se manifestar.
Capriles afirmou que “ninguém elegeu Maduro como presidente”, em referência ao fato de, na Venezuela, vice-presidentes serem indicados diretamente pelo chefe de Estado. “O povo não votou por você, Nicolás. O poder na Venezuela não é passado por decretos, te digo muito claro, Nicolás”, continuou o governador de Miranda.
Ele qualificou a decisão do Supremo como uma “fraude constitucional (…) Em uma hora na qual o vice-presidente da República vai ser juramentado como presidente, e colocam depois a palavra “interino”. Para ser presidente o povo deve ter votado”, seguiu. “Nicolás, ninguém te elegue presidente, rapaz. O povo nunca votou por você”, e provocou: “Qual é o medo Nicolás?”.
Em seguida, Capriles disse que “decisões sobre essa sentença serão feitas nas próximas horas”. “Que o mundo saiba que acontecerá uma juramentação fraudulenta”, concluiu.
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