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Cepal prevê efeitos econômicos severos do coronavírus na América Latina

A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) prevê cenários sombrios para a economia e as finanças dos países latino-americanos, como efeitos da pandemia do coronavírus

Extrema pobreza na América Latina vai crescer (Foto: Agência Brasil)
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247 - Segundo a Cepal, serão severos os efeitos da pandemia do coronavírus para a América Latina, que em 2019 já apresentou um crescimento fraco e um aprofundamento dos problemas estruturais da maioria de suas economias.

A secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse recentemente que as sérias dificuldades econômicas e sociais para a América Latina e o Caribe devido à pandemia apresentam com mais força a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento.

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Em uma coluna de opinião, a economista considerou que esta é a maior crise humana e sanitária que a Humanidade já encarou, com profundos desdobramentos econômicos. Para ela, o foco das decisões políticas deve ser preservar a saúde e o bem-estar das pessoas.

Bárcena alerta para o fato de que o impacto econômico para a região corresponde à queda na atividade dos principais parceiros comerciais; à queda no preço das matérias-primas; à interrupção nas cadeias globais de valor; a baixa no turismo, que afeta principalmente o Caribe, e a piora das condições financeiras.

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A secretária executiva da Cepal lembra que se em dezembro a organização  previa para a região em 2020 um baixo crescimento de 1,3%, hoje, uma estimativa conservadora registra um crescimento negativo de -1,8%, com maiores quedas em algumas nações.

O valor das exportações regionais poderia cair em -10,7%, o que implica um grande aumento no desemprego e na informalidade do trabalho e do número de pobres que poderia passar dos atuais 186 milhões para 220 milhões, e de 67,5 milhões de latino-americanos e caribenhos em pobreza extrema a 90,8 milhões.

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Além disso, a região mostra sistemas de saúde fragmentados e sem cobertura universal onde mais de 47% da população não tem acesso à seguridade social.

Bárcena propõe que na atual situação é necessário um estímulo fiscal em massa para resgatar os serviços de saúde; proteger a renda e os empregos; manter a provisão de medicamentos, comida e energia; garantir o cuidado médico de todos que o necessitam, e financiar a proteção social aos setores mais vulneráveis.

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A Cepal também fez um chamado ao levantamento urgente das sanções e bloqueios unilaterais, que dificultam a populações inteiras o acesso a bens e serviços, e enfatizou que 'as considerações humanitárias estão hoje acima de qualquer diferença política. A saúde não pode ser refém de rancores geopolíticos'.

Bárcena adverte também que a crise sanitária expôs a fragilidade da globalização e do modelo em que se sustentava, e portanto deve ser reformada.

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Por isso, conclui que a pandemia 'entranha o potencial de transformar a geopolítica da globalização, mas é também uma oportunidade para relevar os benefícios das ações multilaterais e abrir espaço ao necessário debate sobre um modelo novo, sustentável e igualitário de desenvolvimento'.

Fonte: Prensa Latina 

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