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Chanceler diz que Ucrânia não tem 'Plano B' em caso de escassez de ajuda militar ocidental

Dmytro Kuleba afirma que o Ocidente tem "recursos suficientes" para continuar fornecendo ajuda militar à Ucrânia e que o "apoio não está sendo questionado como tal" nos EUA e UE

Dmytro Kuleba, chanceler da Ucrânia (Foto: Reuters)

(Sputnik) - O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou na quarta-feira que Kiev não tem um plano 'B' no caso de falta de assistência militar do Ocidente.

"Não temos plano 'B'. Estamos confiantes no plano 'A'", disse Kuleba em entrevista à CNN quando questionado sobre qual seria o plano "B" de Kiev para compensar a falta de assistência militar.

Kuleba acrescentou que o Ocidente tem "recursos suficientes" para continuar fornecendo ajuda militar à Ucrânia e expressou confiança de que o "apoio à Ucrânia não está sendo questionado como tal" nos Estados Unidos e na União Europeia.

O coordenador da Casa Branca para Comunicações Estratégicas, John Kirby, afirmou anteriormente na quarta-feira que as entregas de armas dos EUA para a Ucrânia teriam que ser interrompidas caso o Congresso não chegasse a um acordo sobre mais assistência militar para Kiev.

No final de dezembro, o Congresso dos EUA encerrou as atividades para as férias de inverno sem chegar a um acordo sobre segurança na fronteira e ajuda adicional à Ucrânia. Os legisladores republicanos insistiram na inclusão de medidas mais rigorosas de segurança na fronteira no pedido de financiamento suplementar de US$ 106 bilhões da administração Biden, que inclui mais de US$ 60 bilhões em ajuda para a Ucrânia. A expectativa é que o Congresso aprove o projeto suplementar no início de janeiro.

Os países ocidentais têm fornecido ajuda militar e financeira à Ucrânia desde o início da operação militar russa na Ucrânia em fevereiro de 2022. O Kremlin consistentemente alertou contra a continuação do fornecimento de armas a Kiev, afirmando que isso levaria a uma escalada adicional do conflito. Em abril de 2022, a Rússia enviou uma nota diplomática a todos os países da OTAN sobre o tema do fornecimento de armas à Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, alertou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia se tornaria um alvo legítimo para ataques russos.