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Chanceler rebate Israel: "se há anão, não é o Brasil"

Ministro Luiz Alberto Figueiredo rebate comentário feito pela chancelaria de Israel de que o Brasil é um "anão diplomático"; "Somos um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU e temos um histórico de cooperação pela paz e ação pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles", afirmou; com o comentário, Israel rebatia gesto diplomático do Brasil contra ataques que já mataram 700 palestinos em Gaza, a maioria civis; nesta quinta-feira, disparo contra uma escola da ONU deixou 15 mortos, inclusive crianças; dentre elas, um bebê de um ano

Ministro Luiz Alberto Figueiredo rebate comentário feito pela chancelaria de Israel de que o Brasil é um "anão diplomático"; "Somos um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU e temos um histórico de cooperação pela paz e ação pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles", afirmou; com o comentário, Israel rebatia gesto diplomático do Brasil contra ataques que já mataram 700 palestinos em Gaza, a maioria civis; nesta quinta-feira, disparo contra uma escola da ONU deixou 15 mortos, inclusive crianças; dentre elas, um bebê de um ano (Foto: Gisele Federicce)
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SÃO PAULO (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, rebateu nesta quinta-feira as declarações do porta-voz da chancelaria de Israel que teria chamado o Brasil de "anão diplomático" ao criticar a decisão do país de chamar para consultas seu embaixador em Tel Aviv por causa do conflito na Faixa de Gaza.

Em evento em São Paulo, o ministro também rebateu nota da chancelaria israelense que afirmou que a decisão brasileira ignorava o direito de Israel de se defender.

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"Somos um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU e temos um histórico de cooperação pela paz e ação pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles", disse o ministro a jornalistas.

"Mas não contestamos o direito de Israel de se defender, jamais contestamos isso. O que contestamos é a desproporcionalidade das coisas", acrescentou.

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Na noite de quarta-feira, o Itamaraty divulgou nota em que considera "inaceitável" a escalada da violência em Gaza e condena "energicamente o uso desproporcional da força por Israel" no conflito, que já matou 747 palestinos. Na mesma nota, o Brasil anunciou que chamou seu embaixador em Tel Aviv para consultas.

O Ministério das Relações Exteriores israelense reagiu em nota, declarando-se "desapontado" com a decisão do governo brasileiro que, segundo o órgão, "não reflete o nível das relações entre os dois países e ignora o direito de Israel se defender".

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O documento afirma ainda que a atitude brasileira não contribui para promover "a calma e a estabilidade" no Oriente Médio e que dá "vento favorável" ao terrorismo, além de "naturalmente afetar a capacidade do Brasil de exercer influência".

"Israel espera apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países ao redor do mundo", afirma o documento divulgado no site do Ministério de Relações Exteriores de Israel.

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Além da nota da chancelaria, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, disse, segundo a imprensa israelense, que a decisão do Brasil de chamar seu embaixador para consultas é uma demonstração das razões que levam o Brasil, apesar de ser "um gigante econômico e cultural, permanecer um anão diplomático".

(Por Eduardo Simões; Edição de Maria Pia Palermo)

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Artilharia de Israel mata ao menos 15 pessoas em abrigo da ONU em Gaza

Por Nidal al-Mughrabi

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GAZA (Reuters) - Pelo menos 15 pessoas foram mortas e muitas ficaram feridas nesta quinta-feira, após forças israelenses terem disparado fogo de artilharia contra uma escola administrada pela ONU que abrigava refugiados palestinos no norte de Gaza, disse um porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qidra.

O diretor de um hospital local disse que vários centros médicos ao redor de Beit Hanoun estavam recebendo os feridos.

"Tal massacre exige mais do que um hospital para lidar com a situação", disse Ayman Hamdan, diretor do hospital de Beit Hanoun.

Um fotógrafo da Reuters no local disse que poças de sangue podiam ser vistas no chão e nas mesas dos estudantes no pátio da escola, perto do aparente impacto de um projétil de artilharia.

Diversas famílias que vivam na escola correram com seus filhos para o hospital onde as vítimas estavam sendo atendidas, a algumas centenas de metros.

Laila Al-Shinbari, mulher que estava na escola no momento do bombardeiro, disse à Reuters que as famílias haviam se reunido no pátio para esperar um comboio da Cruz Vermelha para retirá-las de lá.

"Todos nós no sentamos em um lugar quando de repente quatro projéteis acertaram nossas cabeças... corpos estavam no chão, (havia) sangue e gritos. Meu filho está morto e todos os meus parentes foram mortos, incluindo meus outros filhos", disse ela em prantos.

Chris Gunness, porta-voz da principal agência da ONU em Gaza, a UNRWA, confirmou o ataque e criticou Israel.

"Coordenadas precisas do abrigo da UNRWA em Beit Hanoun foram formalmente dados para o Exército de Israel... no curso do dia, a UNRWA tentou coordenar com o Exército israelense uma janela para que civis deixassem o local, mas isso não foi concedido", disse Gunness em sua página no Twitter.

Mais cedo nesta quinta-feira, Gunness disse à Reuters que forças de Israel haviam atacado abrigos da ONU em três ocasiões diferentes desde segunda-feira, em incidentes que não causaram vítimas.

O Exército de Israel não comentou imediatamente a questão.

(Reportagem adicional de Finbarr O'Reilly)

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