Chefe do FMI elogia progresso em negociações comerciais entre China-EUA

Diário do Povo - Para a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, o progresso alcançado na última rodada das negociações comerciais entre China e EUA estimula o mundo a aproveitar a oportunidade de alcançar "uma paz comercial".

"Fiquei encorajada pelos anúncios da semana passada dos EUA e da China", disse Georgieva na conferência de imprensa de abertura das Reuniões Anuais do Banco Mundial-FMI em Washington. "Nossas reuniões nesta semana são uma oportunidade para todas as partes progredirem na transição de uma trégua comercial para uma paz comercial".

Foi a primeira conferência de imprensa de Georgieva nas reuniões depois que ela assumiu o comando do FMI no dia 1º de outubro de Christine Lagarde, que foi nomeada chefe do Banco Central Europeu.

"É uma notícia extremamente boa que os EUA e a China estejam conversando", disse a economista búlgara, quando solicitada pela Xinhua para comentar sobre as negociações comerciais entre as duas principais economias do mundo. Ela acrescentou que a trégua nas tensões comerciais entre China-EUA está diminuindo o impacto negativo no crescimento global "e você não ficaria surpreso".

Georgieva, no entanto, alertou que a melhoria mais recente não é boa o suficiente. "O que precisamos é alcançar não apenas trégua. Precisamos ter paz comercial", disse ela.

"Precisamos avançar para um sistema que seja aprimorado e aplicado, para que possamos ver o comércio voltar ao seu papel de motor da economia mundial", acrescentou ela.

Questionada sobre se exige que Washington e Beijing cancelem completamente as tarifas e contra-tarifas, a fim de trazer a economia global de volta aos trilhos, a chefe do FMI disse que ela não "resumiria" um único fator.

"Mas eu enfatizaria que é altamente benéfico promover o comércio, e isso significa também avaliar abertamente o que não está certo no sistema comercial de hoje", disse ela. "Todos sabemos que chegamos aos acordos sobre comércio baseados principalmente no passado, mas você não pode dirigir apenas olhando pelo espelho retrovisor".