HOME > Mundo

Chefe do Pentágono visita Iraque e promete presença contínua de militares dos EUA

"As forças dos EUA estão prontas para permanecer no Iraque a convite do governo iraquiano", disse Lloyd Austin após se encontrar com o primeiro-ministro iraquiano, al-Sudani

Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, desembarca em Bagdá 07/03/2023 (Foto: REUTERS/Idrees Ali)

247 - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse nesta terça-feira (7), ao realizar uma viagem não anunciada para o Iraque quase 20 anos após a invasão liderada pelos EUA que derrubou Saddam Hussein, que os estadunidenses estão comprometidos em manter sua presença militar no país.

A invasão de 2003 levou à morte dezenas de milhares de civis iraquianos e criou instabilidade que acabou abrindo caminho para a ascensão de militantes do Estado Islâmico depois que os EUA retiraram suas forças do país em 2011.

Austin, a autoridade de mais alto escalão do governo do presidente Joe Biden a visitar o Iraque, foi o último general comandante das forças estadunidenses após a invasão.

"As forças dos EUA estão prontas para permanecer no Iraque a convite do governo iraquiano", disse Austin a repórteres após se encontrar com o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed al-Sudani.

"Os Estados Unidos continuarão a fortalecer e ampliar nossa parceria em apoio à segurança, estabilidade e soberania do Iraque", disse.

Sudani disse mais tarde em um comunicado que a abordagem de seu governo é manter relações equilibradas com governos regionais e internacionais com base em interesses compartilhados e respeito pela soberania, e que "a estabilidade do Iraque é a chave para a segurança e estabilidade da região".

Atualmente, os Estados Unidos têm 2.500 soldados no Iraque -- e outros 900 na Síria -- para aconselhar e auxiliar as tropas locais no combate ao Estado Islâmico, que em 2014 conquistou faixas de território em ambos os países.

O Estado Islâmico está longe de ser a força temida que já foi, mas células militantes sobreviveram em partes do norte do Iraque e nordeste da Síria.

Entre 185.000 e 208.000 civis iraquianos foram mortos na guerra, de acordo com o Instituto Watson para Estudos Internacionais da Universidade Brown. (Com Reuters).