CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mundo

China mira América Latina em seu maior projeto da Nova Rota da Seda

Lançado em 2013 no Cazaquistão e tendo recebido forte impulso a partir de 2017, o maior projeto da Presidência Xi Jinping para ter acesso a mercados internacionais e atrair países para sua esfera de influência já mira a América Latina e - naturalmente seu maior mercado, o Brasil, informa a Folha de S. Paulo neste domingo (24)

China mira América Latina em seu maior projeto da Nova Rota da Seda (Foto: Mike Hutchings/Reuters))
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Lançado em 2013 no Cazaquistão e tendo recebido forte impulso a partir de 2017, o maior projeto da Presidência Xi Jinping para ter acesso a mercados internacionais e atrair países para sua esfera de influência já mira a América Latina e - naturalmente seu maior mercado, o Brasil, informa a Folha de S. Paulo neste domingo (24).

A Belt and Road Initiative (BRI ou, informalmente, Nova Rota da Seda), que liga Ásia, Oriente Médio, Europa e África por meio de ferrovias, portos e outras obras de infraestrutura, já conta com 22 países e 180 memorandos assinados, segundo o governo chinês. No final de 2016 eram 46 memorandos. Neste sábado (23), a Itália se tornou o primeiro país membro do G7 a integrar o megaprojeto.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Na América Latina, o Chile, que possui fortes laços comerciais com a Ásia devido à sua costa voltada para o Pacífico, foi o primeiro país a aderir à BRI, no fim de 2018. Porém, "é na cúpula dos Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em novembro, em Brasília, que Pequim deve propor adesão dos países da região ao que Xi chama de 'projeto do século', dizem analistas e a mídia local. Trata-se de uma decisão política relevante a expansão da BRI tão amplamente em termos geográficos e para além da concepção original", informa a reportagem.

Mas a missão chinesa será bastante complexa, especialmente com o Brasil, uma vez que o governo de Jair Bolsonaro tem emitido sinais dúbios em relação à China. "A ala mais ideológica quer reduzir a exposição brasileira ao gigante asiático, que vê como uma ameaça estratégica. Em aula magna a alunos do Instituto Rio Branco, academia do Itamaraty que forma diplomatas, o chanceler Ernesto Araújo disse que o Brasil 'não vai vender sua alma para exportar minério de ferro e soja'. A China é a maior compradora de soja e minério de ferro do Brasil. O setor reclamou, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, mais pragmático, afirmou que não haveria redução do comércio com a China", conta a Folha de São Paulo.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Oliver Stuenkel, professor da FGV, disse à reportagem que "existe na China uma preocupação com a intensidade da retórica de Bolsonaro. Isso pode ter implicações para a relação com a China, mas a expansão da Belt and Road para a América Latina continua sendo uma prioridade para Pequim."

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO