China pede novamente ao Ocidente que converse com Rússia e leve em conta suas preocupações de segurança
O embaixador chinês na ONU exortou o Ocidente a prestar atenção ao efeito negativo sobre o ambiente de segurança da Rússia como resultado da expansão da Otan para o leste
(Sputnik) - Pequim insta os Estados Unidos, a Otan e a União Europeia a manter um diálogo com a Rússia em igualdade de condições e a estarem atentos às preocupações de segurança de Moscou, disse o embaixador chinês nas Nações Unidas, Zhang Jun.
"Encorajamos os EUA, a Otan e a UE a manter um diálogo igualitário com a Rússia e lidar com o antagonismo e os problemas que vêm se acumulando há anos", disse Zhang.
Zhang também exortou o Ocidente a prestar atenção ao efeito negativo sobre o ambiente de segurança da Rússia como resultado da expansão da Otan para o leste e, de acordo com o princípio da indivisibilidade da segurança, tentar estabelecer na Europa um ambiente equilibrado, eficaz e sustentável .
O embaixador chinês pediu à Rússia e à Ucrânia que continuem as negociações diretas. "Expressamos a esperança de que suas conversas sejam frutíferas em que a paz possa ser criada", disse ele.
Numerosos países, com exceções como a China, iniciaram uma série de sanções individuais e setoriais que buscam infligir o maior dano possível à economia russa em resposta à operação militar especial que o presidente Vladimir Putin lançou em 24 de fevereiro no leste da Ucrânia.
O líder russo alegou que as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, anteriormente reconhecidas por Moscou como estados soberanos, pediram ajuda diante do "genocídio" de Kiev.
Um dos objetivos fundamentais desta operação, segundo Putin, é “a desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia.
O Ministério da Defesa da Rússia afirma que os ataques militares não são dirigidos contra instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra.
De acordo com o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, um total de 351 civis foram mortos e 707 outros ficaram feridos na Ucrânia desde 24 de fevereiro.
Além disso, mais de um milhão de ucranianos buscaram refúgio em países vizinhos na primeira semana do conflito, segundo a ONU.
A Ucrânia rompeu relações diplomáticas com a Rússia, impôs lei marcial em todo o território nacional, além de toque de recolher em Kiev e outras cidades, decretou mobilização geral e instou a comunidade internacional a ativar "todas as sanções possíveis" contra o líder russo.
A Assembleia Geral da ONU aprovou em 1º de março, por 141 votos a favor e cinco contra e 35 abstenções, uma resolução não vinculante que deplora o uso da força contra a Ucrânia e exige seu fim imediato.
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