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China prevê crescimento de gastos militares em 7,2%, com foco em 'aumentar a preparação de combate'

"Não se trata da questão de participar da corrida armamentista internacional, mas sobre a defesa de nossa segurança nacional", sublinhou

China prevê crescimento de gastos militares em 7,2%, com foco em 'aumentar a preparação de combate' (Foto: Reuters)

Sputnik - Pequim prevê um crescimento no seu orçamento militar, com o premiê chinês solicitando, entre outras medidas, "desenvolver novas orientações estratégicas militares".

 A China planeja aumentar sua despesa militar em 7,2% em 2023, um incremento semelhante ao que ocorreu no último ano, citou no domingo (5) a agência britânica Reuters.

 O orçamento para o ano civil foi apontado como sendo de 1,55 trilhão de yuans (R$ 1,17 trilhão).

 Li Keqiang, primeiro-ministro da China, chamou o esforço como necessário para aumentar a capacidade e a preparação das Forças Armadas do país.

 "Nossas Forças Armadas, com foco nos objetivos do centenário do Exército de Libertação Popular em 2027, devem trabalhar para realizar operações militares, aumentar a preparação para o combate e melhorar a capacidade militar", disse ele no discurso sobre o estado da nação.

 "As Forças Armadas devem intensificar o treinamento e a preparação militar em todos os níveis, desenvolver novas orientações estratégicas militares, dedicar maior energia ao treinamento em condições de combate e fazer esforços bem coordenados para fortalecer o trabalho militar em todas as direções e domínios", sugeriu o premiê.

  Segundo Li Mingjiang, professor associado na Escola de Estudos Internacionais S. Rajaratnam em Cingapura, as ações de Pequim são ditadas pelo ambiente de segurança em que o país vive devido à pressão dos EUA, particularmente no caso de Taiwan.

 Uma opinião semelhante foi expressa em outubro de 2022 pela revista oficial da Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional, que recomendou aumentar as despesas militares ante o crescimento dos gastos militares de Estados-membros da OTAN, e particularmente dos EUA.

 "Não se trata da questão de participar da corrida armamentista internacional, mas sobre a defesa de nossa segurança nacional", sublinhou.