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Mundo

China se reúne com Alemanha e cúpula da União Europeia por laços 'saudáveis e estáveis'

Reunião dos líderes da China, Alemanha e União Europeia planeja desenvolvimento das relações em meio à pandemia de Covid-19

O presidente chinês, Xi Jinping, na videoconferência com líderes da Alemanha e União Europeia (Foto: Xinhua)
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247 - O presidente chinês, Xi Jinping, se reuniu nesta segunda-feira (14) com a chanceler alemã, Angela Merkel, cujo país ocupa atualmente a presidência rotativa da União Europeia (UE), o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por videoconferência. Eles chegaram a um consenso sobre o desenvolvimento das relações, a proteção do multilateralismo e o enfrentamento conjunto dos desafios globais.

"A pandemia da COVID-19 tem acelerado as transformações únicas no século no mundo e colocado a humanidade em uma nova encruzilhada", disse Xi, de acordo com reportagem da Xinhua.

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É importante que a China e a UE permaneçam decididas na busca do crescimento saudável e estável de sua parceria estratégica abrangente e se mantenham fiéis a quatro princípios: coexistência pacífica, abertura e cooperação, multilateralismo e diálogo e consulta, assinalou Xi.

Apesar da pandemia da Covid-19, que ainda está forte globalmente, a comunicação entre a China e a UE não foi interrompida. A frequência e a intensidade dos intercâmbios de alto nível bilaterais demonstram o forte compromisso da China e da UE de promover a parceria.

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"Sob as circunstâncias atuais, a comunicação de alto nível mais estreita entre os dois lados sobre essa relação e os assuntos de interesse comum podem ajudar a fortalecer a confiança política mútua, promover a cooperação prática e avançar as relações China-UE", disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em 10 de setembro.

Observadores acham que, com as enormes mudanças ocorrendo no mundo atualmente, benefícios mútuos, complementaridades e diálogo e cooperação permanecem sendo as características fundamentais nos vínculos China-UE. Além disso, os dois lados têm realizado a cooperação antiepidêmica efetiva, o que injetará ímpeto para ambos promoverem as relações no futuro.

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"Saudamos a franqueza e o espírito pragmático no qual essa reunião aconteceu. Acreditamos que, por levarem o compromisso de cooperação aos diálogos substanciais, tanto a Europa como a China podem se beneficiar, compartilhar e aprender muito uma com a outra", disse Luigi Gambardella, presidente da ChinaEU, uma associação digital internacional orientada para negócios em Bruxelas.

Durante a reunião, os líderes chineses e da UE declararam seu compromisso para acelerar as negociações do Tratado de Investimento Bilateral China-UE para alcançar o objetivo de concluir as negociações dentro deste ano.

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Eles anunciaram a assinatura oficial do acordo China-UE sobre as indicações geográficas.

Os líderes também decidiram estabelecer um Diálogo de Alto Nível sobre o Ambiente e o Clima China-UE e um Diálogo de Alto Nível sobre a Cooperação Digital China-UE, e formar parcerias ecológicas e digitais.

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"Se a China e a UE puderem concluir as negociações até o final deste ano, será de significado especial. Enviará uma mensagem positiva de que a China e a Europa trabalharão em conjunto durante os tempos difíceis, e dará um forte impulso à confiança de negócios em ambos os lados. Também contribuirá à recuperação pós-epidêmica da economia global e aos esforços concertados para proteger o ambiente aberto de comércio e investimento", disse o embaixador Zhang Ming, chefe da Missão Chinesa para a UE, em uma coletiva de imprensa sobre a reunião em 11 de setembro.

"Eles gozam do espaço de cooperação pois os dois lados esperam explorar as oportunidades no mercado um do outro", disse Chen Fengying, pesquisadora do Instituto Chinês de Relações Internacionais Contemporâneas, ao indicar que o benefício mútuo é essencial para a cooperação China-UE.

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Para a China e a UE, a cooperação é muito maior que a competição, enquanto o consenso supera muito as diferenças, disse Chen.

Em agosto deste ano, os trens de carga China-Europa têm mantido um forte crescimento. As viagens feitas e o volume de mercadorias entregues foram de 1.247 e 110 mil TEUs, respectivamente, um incremento anual de 62% e 66%. O crescimento indica mais uma vez que a globalização econômica é uma tendência irreversível dos tempos pois os países estão interdependentes economicamente com a integração de interesses sem precedentes.

Na reunião, Xi disse que, sob as circunstâncias atuais, é ainda mais imperativo que a China e a UE, como duas grandes forças, mercados e civilizações, injetem mais energia positiva nos esforços de resposta à Covid-19, recuperação econômica e defesa da justiça no mundo.

Xi assinalou que a China está disposta a trabalhar com a UE para fortalecer o diálogo e a coordenação nos níveis bilateral, regional e global; permanecer comprometida com a perspectiva da governança global com foco em consulta, contribuição e benefício compartilhado; defender a ordem e o sistema internacional com as Nações Unidas no centro; e promover os arranjos políticos em assuntos importantes internacionais e regionais.

Merkel, Michel e von der Leyen disseram que é imperativo que a Europa e a China fortaleçam a cooperação, protejam em conjunto o multilateralismo, resistam ao unilateralismo e protecionismo, e respondam mais efetivamente a vários desafios globais.

O lado europeu quer fortalecer a cooperação com a China nas organizações internacionais, promover a cooperação internacional antipandêmica, manter o livre comércio e promover a recuperação econômica na Europa, China e no mundo em geral o mais cedo possível, disseram os líderes europeus.

Por este motivo, a Assembleia Geral decidiu que cada país membro das Nações Unidas, Estado observador e organizações como a União Europeia devem apresentar um vídeo para o debate geral, que será entregue por um oficial de alto nível.

O material será veiculado no hall da Assembleia Geral e também em formato digital durante as datas do encontro de alto nível, no final deste mês.

Mas a sala não ficará vazia, pois os vídeos serão apresentados por um diplomata de cada Estado, que estará fisicamente presente.

"No entanto, qualquer líder mundial tem o direito de comparecer pessoalmente para fazer seu discurso". 

Outros eventos de alto nível programados também usarão plataformas virtuais para seu desenvolvimento, incluindo a comemoração do 75º aniversário das Nações Unidas.

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