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“Com golpe, Brasil mostra ao mundo que sua democracia é uma farsa“

O escritor português Miguel Souza Tavares afirma que "as oito horas de votação na Câmara de Deputados para destituir Dilma Rousseff tiveram função demolidora para a imagem do Brasil no mundo"; "Entre os povos livres e civilizados, a ideia que passou é que o Brasil é mesmo um país do Terceiro Mundo, onde a democracia é uma farsa e a classe política um grupo de malfeitores de onde está ausente qualquer vestígio de serviço público", diz; ele faz ainda uma dura crítica ao PMDB: "O partido que comanda o golpe e mais espera dele vir a se beneficiar, o PMDB, é o exemplo acabado de tudo aquilo que a política não deveria ser"

O escritor português Miguel Souza Tavares afirma que "as oito horas de votação na Câmara de Deputados para destituir Dilma Rousseff tiveram função demolidora para a imagem do Brasil no mundo"; "Entre os povos livres e civilizados, a ideia que passou é que o Brasil é mesmo um país do Terceiro Mundo, onde a democracia é uma farsa e a classe política um grupo de malfeitores de onde está ausente qualquer vestígio de serviço público", diz; ele faz ainda uma dura crítica ao PMDB: "O partido que comanda o golpe e mais espera dele vir a se beneficiar, o PMDB, é o exemplo acabado de tudo aquilo que a política não deveria ser" (Foto: Valter Lima)
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247 - O escritor português Miguel Souza Tavares afirma que "as oito horas de votação na Câmara de Deputados para destituir Dilma Rousseff tiveram função demolidora para a imagem do Brasil no mundo".

"Entre os povos livres e civilizados, a ideia que passou é que o Brasil é mesmo um país do Terceiro Mundo, onde a democracia é uma farsa e a classe política um grupo de malfeitores de onde está ausente qualquer vestígio de serviço público. Entre os países do verdadeiro Terceiro Mundo, alguns dos quais bastante mais bem governados do que o Brasil, a ideia do país como potencial líder do grupo dos emergentes caiu por terra com estrondo: perante aquele indecoroso espetáculo transmitido em direto para o país e para o mundo, as hipóteses de o Brasil alcançar o ambicionado lugar de membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas só podem ter sido seriamente comprometidas", afirmou Tavares em artigo publicado no jornal Expresso.

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Ele defende o respeito à democracia. "Não está em causa saber se Dilma governa mal ou bem: governa mal e devia sair pelo seu pé. Não está em causa se o PT esgotou o seu tempo e devia dar hipótese de nascença a um novo ciclo político: sim, devia, e Lula — a quem o Brasil tanto ficou a dever — faria bem melhor em remeter-se às palestras e nada mais. Já não está em causa sequer saber se há fundamento jurídico e constitucional para a demissão da Presidente: não há, o processo é puramente político e, nesse sentido, o impeachment é, de facto, um golpe, levado a cabo pelos derrotados das presidenciais. Mas em democracia os governos são julgados em eleições e ninguém tem culpa de que na absurda Constituição Brasileira, que tenta a fusão impossível entre o presidencialismo à americana e o governo à europeia, não existam as figuras da moção de censura ou de eleições antecipadas (uma lacuna que deriva diretamente do igualmente absurdo sistema político que faz com que o Presidente e chefe de Governo nunca tenha maioria num Congresso onde convivem 26 partidos, mais uma série de fidelidades regionais e sectoriais)", ressalta.

Tavares também é duro contra o PMDB. "O partido que comanda o golpe e mais espera dele vir a se beneficiar, o PMDB, é o exemplo acabado de tudo aquilo que a política não deveria ser".

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