Congressistas denunciam Biden por não pedir autorização para atacar Iêmen
"Isso é uma violação inaceitável da constituição", declarou a congressista Pramila Jayapal, democrata de Washington e presidente do Caucus Progressista
247 - Uma onda bipartidária de parlamentares criticou veementemente Joe Biden por não buscar a aprovação do Congresso antes de autorizar ataques militares contra alvos no Iêmen controlados pelos militantes houthis, informa o jornal britânico The Guardian.
"Isso é uma violação inaceitável da constituição", declarou a congressista Pramila Jayapal, democrata de Washington e presidente do Caucus Progressista. "O Artigo 1 exige que a ação militar seja autorizada pelo Congresso." Biden, que passou 36 anos no Senado, incluindo como presidente do Comitê de Relações Exteriores, notificou o Congresso, mas não solicitou sua aprovação. >>> LEIA TAMBÉM: Biden tenta justificar ataque militar dos EUA ao Iêmen
As críticas surgem após os Estados Unidos e o Reino Unido lançarem uma operação militar contra as posições do movimento rebelde Ansar Allah, também conhecido como Houthis, no Iêmen. A Al Arabiya informou que um ataque aéreo atingiu os arredores do Porto de Hudaydah, com cinco ataques aéreos atingindo posições houthis a leste da cidade de Al Hudaydah.
Em novembro do ano passado, os Houthis prometeram bloquear a passagem no Mar Vermelho e no Mar Arábico para navios ligados a empresas israelenses ou com destino a Israel, como resposta ao conflito entre Israel e o povo palestino. Em dezembro, os EUA lançaram a 'Operação Guardião da Prosperidade' para proteger navios comerciais no Mar Vermelho contra ataques houthis, contando com o apoio de diversos países.
O Comando Central dos EUA afirmou que, desde novembro, os houthis atacaram navios comerciais no Mar Vermelho 27 vezes. Os Estados Unidos e seus aliados alegaram que seus ataques foram um ato de autodefesa coletiva, em conformidade com a Carta da ONU, respondendo a ataques houthis ao transporte comercial em retaliação à guerra de Israel em Gaza.
Em uma declaração conjunta, os EUA, o Reino Unido e outros aliados afirmaram que os ataques visam desescalar tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho. No entanto, eles alertaram que não hesitarão em tomar mais medidas contra os rebeldes houthis, enfatizando o compromisso em defender vidas e garantir o livre fluxo de comércio na região.
Mais tarde, o governo italiano condenou os ataques houthis no Mar Vermelho, expressando apoio aos esforços aliados para garantir a navegação segura na área.