Covid-19 volta com força na Europa impondo novo confinamento
Alguns movimentos de contestação ao novo confinamento, formados por maioria de comerciantes, ganham força principalmente na Itália e na Espanha
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Por Carlos Hortmann, para o 247 - O aumento exponencial de casos de infecções do novo coronavírus nas últimas duas semanas acendeu o sinal de alerta na Europa. Os hospitais estão chegando ao seu limite de capacidade e os trabalhadores da área da saúde começam a sentir-se estafados pelo acumulado de horas de trabalhos e o stress de combater um inimigo poderoso e invisível.
A Itália voltou a ter novos recordes de contaminação no último sábado, 31.758 infectados; o Reino Unido já ultrapassou 1 milhão de casos e soma quase 47 mil mortos (o país com mais mortes no velho continente). A capital da União Europeia, Bélgica, é hoje o país com mais casos por 100 mil habitantes. Portugal está com 3,4% de internamentos em relação aos infectados ativos.
Dentro desse quadro pandêmico, os governos e o Conselho Europeu tomaram algumas decisões. Uma delas é não fechar as fronteiras e manter o tal livre comércio entre os países membros. Alguns países - Irlanda, França, Bélgica, Grécia, Áustria, Reino Unido, Portugal e Alemanha - já começam a impor um novo confinamento, só que agora parcial ou regional.
Esse confinamento flexível permitirá que muitas escolas continuem abertas, que ocorra espetáculos culturais, que pessoas possam ir aos médicos, consultas e atividades físicas. Nas próximas quatro semanas irão fechar ou reduzir períodos de atividades, na maioria desses países, dos chamados serviços não-essenciais, como restaurantes (exceto para take away), bares e academias, por exemplo. Portugal já tem 70% (121 Conselhos) do país em confinamento parcial/flexível, por estar em situação de calamidade.
Um elemento novo é possível identificar nessa conjuntura. Alguns movimentos de contestação, que são contra o novo confinamento, ganham força principalmente na Itália e na Espanha. Na sua maioria são comerciantes (“pequenos-empresários”) e trabalhadores desse setor, pois governos não têm apresentando um plano efetivo que possa garantir a sobrevivência dessas pessoas e desses pequenos comércios. Nesse contexto, basta vermos a quantidade de dinheiro que os governos injetaram nas grandes empresas monopolistas e bancos. Jornais locais já noticiam que partes desses movimentos podem estar sendo fomentados ou até mesmo cooptados pela extrema-direita ou movimentos reacionários.
A situação foi analisada de forma mais aprofundada na última edição do programa Europa 247, da TV 247:
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