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Crise pode levar esquerda francesa de novo ao poder

Mesmo com a candidatura do presidente Nicolas Sarkozy, o socialista Franois Hollande segue na ponta das pesquisas prometendo tirar o pas do atoleiro; leia reportagem especial de Roberta Namour, correspondente do 247, em Paris

Crise pode levar esquerda francesa de novo ao poder (Foto: REUTERS)
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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – No dia 22 de abril, os franceses irão às urnas para o primeiro turno de uma eleição presidencial. E mesmo depois da confirmação da entrada do presidente Nicolas Sarkozy na corrida, o resultado na França ainda é desconhecido.

O candidato do Partido Socialista, François Hollande, continua na ponta, com sua promessa de mudança e de romper com o trabalho realizado até aqui com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, para restaurar a confiança na zona do euro. A taxa do desemprego se aproxima dos dois dígitos. A reforma previdenciária é impopular. Mesmo para um país conhecido por seu pessimismo, a atmosfera geral é sombria. E a esquerda já não pisa no Palácio do Elysée desde a saída de François Mitterrand. Em suma, a esquerda francesa tem todas as chances do seu lado, mas é bem provável que ponha tudo a perder. Hollande não tem a garra e a experiência que se espera de um presidente num momento de crise como esse.

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Do outro lado, um presidente impopular, mas que deu provas de coragem política inegável nesses últimos meses. Nicolas Sarkozy trata-se de um homem que reintegrou a França no comando da Otan, que declarou que não havia vergonha nenhuma em gostar dos Estados Unidos, que teve peito para realizar as reformas universitária e da aposentadoria e que abraçou a causa da Líbia. Mas seu maior feito segue o de se juntar à Alemanha na crise do Euro. Seu ponto fraco continua seu ego e sua síndrome de Napoleão. Para agradar os eleitores de Marine Le Pen, da extrema-direita, expulsou os romenos, recusou a entrada da Turquia na União Europeia e criou medidas ainda mais restritivas de imigração. Tais medidas foram fortemente criticadas, mas no fundo, quem vive na França sabe que esse sentimento de xenofobia é compartilhado pela maioria dos franceses. É mais inteligente se mostrar solialista, mas mais prudente votar à direita. O que explica o sucesso do partido UMP nas últimas três eleições.

Segundo uma pesquisa da BVA, François Hollande se mantém à frente dos votos no primeiro turno após o anúncio da candidatura de Nicolas Sarkozy, mas a diferença entre os dois homens está diminuindo, o candidato Socialista perdeu 3 pontos, para 31%, enquanto o presidente em exercício ganha em 1, atingindo 26%. Marine Le Pen obteve 15% das intenções de voto, François Bayrou, 13%, Jean-Luc Mélenchon, 9%, Eva Joly 3%, Dominique de Villepin 2% e Nicolas Dupont-Aignan 1%. No segundo turno, François Hollande ganharia hoje com 56% dos votos, contra 44% para Nicolas Sarkozy.

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Nada ainda está decidido. O presidente francês entrou em campanha nesta semana. Muito ainda será feito e dito para reconquistar a confiança dos fraceses. Mergulhado em uma crise da dívida sem precedentes, ele usará o lema : «não estamos bem, mas tem gente muito pior».

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