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Delegação da ONU visita Rússia para discutir esforços humanitários na Ucrânia

As partes concordaram no caminho para uma maior cooperação e compartilhamento de informações para melhorar a coordenação humanitária civil-militar

Delegação da ONU visita Rússia para discutir esforços humanitários na Ucrânia (Foto: WikiCommons)

(Sputnik) – Uma delegação da Organização das Nações Unidas (ONU) visitou o Ministério da Defesa russo em Moscou para discutir os esforços humanitários na Ucrânia, informou o porta-voz da agência, Stéphane Dujarric.

"Conforme acordado num telefonema entre o secretário-geral [António Guterres] e o ministro da Defesa da Federação Russa, Sergei Shoigu, chegou a Moscou uma equipe do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU", disse o porta-voz.

Dujarric acrescentou que, em coordenação com seus colegas do centro de informações e do Departamento de Segurança da ONU, realizaram as primeiras reuniões técnicas com representantes do Ministério da Defesa russo.

O porta-voz acrescentou que as partes concordaram no caminho para uma maior cooperação e compartilhamento de informações para melhorar a coordenação humanitária civil-militar e "facilitar a assistência rápida para salvar vidas às pessoas mais vulneráveis ​​na Ucrânia".

Por outro lado, referiu-se ao assassinato em Kiev de Denis Kireev, membro da primeira delegação ucraniana para negociações com a Rússia, e disse que sua morte deve ser objeto de uma investigação minuciosa.

Representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e funcionários do Ministério da Defesa da Rússia se reuniram para coordenar os canais de comunicação para melhorar a resposta humanitária na Ucrânia, informou Dujarric.

"[Eles concordaram] no caminho para uma maior cooperação e compartilhamento de informações para melhorar a coordenação humanitária civil-militar, para facilitar a assistência rápida para salvar vidas às pessoas mais vulneráveis ​​na Ucrânia", disse o porta-voz em entrevista coletiva.

Dujarric informou que uma delegação da organização chegou a Moscou para se reunir com os militares russos e discutir a resposta humanitária na Ucrânia.

Por outro lado, referiu-se ao assassinato em Kiev de Denis Kireev, membro da primeira delegação ucraniana para negociações com a Rússia, e disse que sua morte deve ser objeto de uma investigação minuciosa.

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na madrugada de 24 de fevereiro o lançamento de uma "operação militar especial" na Ucrânia e formulou seu objetivo como a proteção das pessoas que "há oito anos sofreram assédio e genocídio por parte do regime de Kiev".

O líder russo também disse que está planejado realizar "a desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia e processar aqueles que cometeram crimes sangrentos contra os habitantes pacíficos de Donbas.

De acordo com o Ministério da Defesa russo, os ataques militares não são dirigidos contra instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra.

De 24 de fevereiro a 2 de março, as hostilidades na Ucrânia mataram 249 civis e feriram outros 553, principalmente como resultado de artilharia e bombardeio aéreo, segundo a ONU.

Além disso, mais de um milhão de ucranianos buscaram refúgio em países vizinhos na primeira semana do conflito.

A Ucrânia rompeu relações diplomáticas com a Rússia, impôs lei marcial em todo o território nacional, além de toque de recolher em Kiev e outras cidades, decretou mobilização geral e instou a comunidade internacional a ativar "todas as sanções possíveis" contra o líder russo.

Muitos países, com exceções como a China, condenaram veementemente a intervenção da Rússia na Ucrânia e ativaram várias baterias de sanções.

A Assembleia Geral da ONU aprovou em 1º de março, por 141 votos a favor e cinco contra e 35 abstenções, uma resolução não vinculante que deplora o uso da força contra a Ucrânia e exige seu fim imediato.

Em 3 de março, as delegações russa e ucraniana realizaram uma segunda rodada de negociações em que concordaram em estabelecer corredores humanitários, com a possibilidade de um cessar-fogo temporário para permitir a evacuação de civis, e em 7 de março realizaram sua terceira reunião na Bielorrússia.

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