Dependência alemã da economia da China cresce 'a um ritmo tremendo', conclui estudo
O estudo revelou que as importações de produtos chineses pela Alemanha aumentaram 45,7% em termos anuais no primeiro semestre de 2022
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Sputnik - Uma pesquisa citada pela agência Reuters revelou dados que apontam para a maior economia europeia subir significativamente o comércio com a China, apesar das tensões geopolíticas.
A economia da Alemanha tornou-se mais dependente da China no primeiro semestre de 2022, com os investimentos diretos e o déficit comercial atingindo novos picos apesar da tensa situação política entre o gigante asiático e os países ocidentais, relatou na sexta-feira (19) a agência britânica Reuters citando uma pesquisa.
Juergen Matthes, do Instituto de Economia Alemão (IW, na sigla em alemão), e autor do estudo, advertiu que o crescimento das exportações alemãs para a China enfraqueceu significativamente, tornando a economia alemã "muito mais dependente da China do que o contrário".
De acordo com o especialista, "as interdependências econômicas com a China têm caminhado na direção errada a um ritmo tremendo na primeira metade de 2022", o que vai contra a rejeição das políticas de Pequim pelo governo alemão, incluindo relativamente ao conflito na Ucrânia e à situação em torno de Taiwan.
"O mercado de vendas chinês e os lucros esperados no curto prazo lá simplesmente parecem atraentes demais", reconheceu Matthes.
O estudo revelou que as importações de produtos chineses pela Alemanha aumentaram 45,7% em termos anuais no primeiro semestre de 2022, enquanto os investimentos alemães no país asiático atingiram cerca de US$ 10 bilhões (R$ 51,75 bilhões) entre janeiro e junho, superando o recorde de seis meses anteriormente registrado de € 6,2 bilhões (R$ 32,22 bilhões).
O estudo também destaca que o déficit comercial da Alemanha com a China saltou para quase € 41 bilhões (R$ 213,05 bilhões) em meados de 2022, sendo esperando que ele aumente ainda mais. Além disso, agora 12,4% das importações alemãs originavam da China, enquanto essa proporção era de 3,4% em 2000.
Tudo isso colocaria em risco as empresas particularmente expostas ao comércio com a China, avisou Matthes, pedindo assim às empresas alemãs que reduzam sua dependência da China.
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