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Desertores da Marinha dos EUA mais que dobraram entre 2019 e 2021

Os dados das últimas estatísticas oficiais indicam que entre os mais de 342.000 marinheiros ativos na Marinha, houve 157 desertores em 2021, contra 63 em 2019 e 98 em 2020

Navio de guerra dos Estados Unidos USS Benfold (Foto: Sarah Myers/Marinha dos EUA/Divulgação via REUTERS)
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Sputnik - A emissora NBC News citou estatísticas oficiais indicando que o número de militares que deserta da Marinha dos EUA está aumentando, levando a preocupações de especialistas.

O número de marinheiros que desertou da Marinha dos EUA em 2021 foi mais que o dobro do registrado em 2019, informou na quinta-feira (19) a emissora NBC News, citando as últimas estatísticas federais.

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Os dados das últimas estatísticas oficiais indicam que entre os mais de 342.000 marinheiros ativos na Marinha, houve 157 desertores em 2021, contra 63 em 2019 e 98 em 2020. O número total de desertores que ainda estavam em liberdade em 2021 cresceu de 119 em 2019 para 166, de acordo com a mídia.

Devin Arneson, porta-voz da Marinha, disse à NBC News que, durante a guerra, as punições mais severas por deserção incluem até prisão perpétua e a pena de morte, enquanto em tempos de paz um desertor pode enfrentar penas menores, até cinco anos atrás das grades.

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Segundo especialistas militares citados, os números das deserções mostram "a falta de opções dos marinheiros quando estão desesperados para deixar as Forças Armadas, mas estão vinculados a contratos plurianuais que muitos deles assinaram logo após o ensino médio", enquanto Lenore Yarger, conselheira de recursos da GI Rights Hotline, um grupo não-governamental especializado em saídas militares, argumentou que "eles se sentem presos" em serviço, o que pode levar à deserção.

Stephen Karns, um advogado de direito militar baseado em Dallas, Texas, apontou que a deserção "não é qualquer tipo de ofensa, [...] é como se você desistisse de seu país", e que que dos quase 1.000 casos de deserção que ele tratou, a saúde mental tem sido um fator em quase todos eles.

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Ele foi ecoado por Stephen Karns, um advogado de direito militar, que falou à rádio NPR, citado no sábado (21), que para "alguém que simplesmente não gosta do ambiente [naval], é quase impossível sair".

"Alguém que sofre com uma crise aguda de saúde mental [...] não deveria normalmente resultar em uma dispensa de saúde mental. O que deveria acontecer é receberem os cuidados e o tratamento que precisam para estar prontos para reabilitar sua saúde mental e depois voltar a integrar a frota. Infelizmente, nem sempre é isso que vemos", lamentou ele, referindo que o problema é particularmente agudo nos níveis inferiores.

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Julien Napoli, veterano da Marinha dos EUA, afirmou em um artigo de sexta-feira (20) para o jornal Task & Purpose que o ramo militar tem estado "atolado em uma crise de liderança" durante anos, levando os marinheiros a trabalhar demais e sentir que não podem buscar ajuda se necessário.

Ele citou Mike Thornton, membro das forças especiais da Marinha dos EUA (SEAL, na sigla em inglês), que recebeu a Medalha de Honra, dizendo "cuide de seu povo e seu povo cuidará de você".

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"Este princípio simples mas poderoso, se realmente seguido pela liderança naval, aumentaria drasticamente a eficácia do combate. Para desânimo dos marinheiros, a consciência sobre a saúde mental é uma prioridade muito baixa na Marinha de hoje", opinou Napoli.

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