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Direita vence eleição presidencial na Guatemala

O conservador Alejandro Giammattei venceu a eleição presidencial de domingo na Guatemala após uma campanha marcada por promessas de combater a pobreza e a violência, fatores que provocam a disparada da migração irregular, principalmente aos Estados Unidos

Guatemala, presidente eleito (Foto: Sputnik)
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AFP - Com 97,80% das urnas apuradas, Giammattei, 63 anos, tinha 58,41% dos votos, contra 41,6% da ex-primeira-dama social-democrata Sandra Torres, anunciou o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), que classificou os resultados como "irreversíveis".

Antes mesmo do anúncio do TSE, Giammattei reivindicou a vitória e prometeu que não será um presidente afastado do povo.

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"O objetivo foi cumprido. Hoje, com um nó na garganta, 12 anos depois, venho dizer que vai ser uma honra imensa ser o presidente do país", afirmou.

Giammattei foi candidato à presidência em três ocasiões anteriores.

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O partido de Torres reconheceu a vitória de Gimmattei e desejou "sucesso". O atual presidente Jimmy Morales, que deixará o cargo em janeiro, felicitou o vencedor e prometeu um processo transição "transparente e ordenado".

Médico e afetado há 40 anos pela esclerose múltipla, que o obriga a andar com muletas, Giammattei defende a linha dura contra o crime e deseja reinstaurar a pena de morte.

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Em 2010 ele passou 10 meses na prisão, acusado de executar sete réus em uma prisão em 2006, quando era diretor do sistema penitenciário, mas foi liberado depois que o MP não conseguiu provar sua participação no caso.

Participação reduzida

De acordo com dados preliminares do TSE, o índice de abstenção poderia superar 55%.

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A violência, a corrupção e a pobreza foram os principais temas da campanha.

A pobreza afeta 59% dos 17,7 milhões de guatemaltecos e a violência provoca 4.500 mortes por ano. Os dois temas são apontados como os principais fatores que motivam a migração.

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Os candidatos evitaram falar de modo mais aprofundado sobre o acordo assinado em julho pelo governo com os Estados Unidos para transformar a Guatemala em "terceiro país seguro", o que implica receber migrantes que tinham o objetivo de pedir asilo no país da América do Norte.

O acordo sacudiu a reta final da campanha e gerou muitas críticas e processos, principalmente baseados no elevado índice de pobreza e na falta de infraestrutura.

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Embora os dois candidatos tenham citado planos para frear o êxodo aos Estados Unidos, as remessas dos migrantes representam um motor fundamental da economia guatemalteca e no ano passado alcançaram quase 9,3 bilhões de dólares, valor próximo ao total das exportações.

Quase 1,5 milhão de guatemaltecos vivem nos Estados Unidos, mas apenas 300.000 e 400.000 com visto legal, de acordo com dados oficiais.

Milhares tentam atravessar o México para chegar aos Estados Unidos alegando fugir da pobreza e da violência, problemas comuns em alguns países da América Central, afetados por gangues e grupos de narcotráfico.

O Triângulo Norte da América Central - integrado por El Salvador, Guatemala e Honduras - é a região sem conflito armado mais violenta do mundo, segundo a ONU, e no último ano gerou diversas caravanas migratórias aos Estados Unidos.

Corrupção

A eleição também foi marcada por preocupações guatemaltecas sobre o combate à corrupção, dada a perspectiva de que uma missão antimáfia da ONU vai concluir suas funções em setembro.

Em 2015, um trabalho conjunto entre o MP local e a Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), ligada à ONU, levou à renúncia e posterior prisão do então presidente Otto Pérez. Ele é acusado de liderar uma estrutura de evasão fiscal.

O presidente Morales decidiu interromper o trabalho da missão, depois que a Cicig e a MP pediram para investigá-lo pelo financiamento ilegal de sua campanha.

Os dois candidatos à presidência descartaram a possibilidade de retomada do trabalho do Cicig e, para combater a corrupção, propõem criar promotorias especiais com o apoio da comunidade internacional.

Mas analistas afirmam que as promessas são vagas e duvidam de seus compromissos contra a corrupção: os dois candidatos foram questionados e acusados pela Cicig.

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