É fundamental se chegar aos mandantes da morte de Marielle, diz representante da ONU
Representante para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Birgit Gerstenberg, disse que apesar da prisão dos suspeitos de participarem das execuções da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes "é fundamental" que as investigações apontem os responsáveis intelectuais pelo crime, que completa um ano nesta quinta-feira (14)
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247 - A representante para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Birgit Gerstenberg, disse que apesar da prisão dos suspeitos de participarem das execuções da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes "é fundamental" que as investigações apontem os responsáveis intelectuais pelo crime, que completa um ano nesta quinta-feira (14).
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Birgit ressaltou que a violência contra os defensores de direitos humanos vem crescendo em todo no mundo e que "no Brasil, nos alarmam especialmente os casos de intimidação, ataques e até mesmo assassinatos de pessoas defensoras de direitos humanos, incluindo ambientalistas, sindicalistas e camponeses, povos indígenas, quilombolas e outros grupos tradicionais, bem como contra ativistas LGBTI, jornalistas e profissionais de comunicação, entre outros". "Examinar a situação e propor medidas é um desafio importante para as autoridades brasileiras", completou.
" A este respeito, o assassinato de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes é certamente emblemático. Há um ano, nosso escritório condenou este crime e pediu uma investigação rápida e completa. Celebramos os desdobramentos recentes e a prisão de dois suspeitos por este crime. É porém, fundamental que as investigações continuem para apontar os responsáveis intelectuais do atentado, para os trazer à Justiça e desvendar os reais motivos do crime", afirmou.
Para ela, Marielle foi uma referência "desde seu ativismo social e político como mulher negra, lésbica, que levantou sua voz contra a violência que afeta especialmente os jovens afro-descendentes" e o seu assassinato também é interpretado como uma tentativa de intimidar todos aqueles que defendem os direitos humanos. Por isso, é tão importante que estes casos não fiquem impunes, de modo que, com fatos, o Estado demonstre que entende o valor do papel que estas pessoas desempenham na sociedade e que não tolera os ataques contra elas".
Leia a íntegra da entrevista.
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