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“É possível ter uma relação num outro plano entre Brasil e Estados Unidos”, diz Mercadante

O ex-ministro comentou os avanços econômicos e sociais promovidos pelo governo Biden nos Estados Unidos e afirmou que o plano Biden é semelhante ao projeto de Lula e do PT, apesar de diferenças sobre política externa. Além disso, Mercadante destaca que “o relevante para nós é que os neoliberais aqui perderam uma parte importante do discurso”. Assista

Aloizio Mercadante, Lula e Joe Biden (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Stuckert | Reuters)
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247 - O presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-ministro Aloizio Mercadante, em entrevista à TV 247, comentou os avanços econômicos e sociais promovidos pelo governo Joe Biden nos Estados Unidos. Para ele, as políticas de Biden representam uma “mudança profunda” do neoliberalismo que, em grande parte, são alinhadas com o projeto de Lula e do Partido dos Trabalhadores, apesar das diferenças em relação à política externa.

“Os conflitos vão fazer parte. A política externa americana, a política imperial e belicista, não acredito que isso vai mudar. Agora, é possível ter uma relação num outro plano, e muita coisa temos que reconhecer. O plano Biden é um plano de 6 trilhões de dólares em 8 anos. Estamos falando de 30 trilhões de reais, para as pessoas terem ideia do que estamos dizendo. É uma coisa muito forte. Ele fez um programa de emergência muito forte, auxílio emergencial de 1400 dólares, alguma coisa como 6 mil reais. Quer dizer, é uma saída muito forte para manter a demanda. Ele faz um programa de investimentos focado no Green New Deal, de transição energética, carros elétricos, de redução de emissão de gás carbônico, de cumprir metas em relação ao aquecimento global, que o Trump tinha negado e se retirado, o que é muito importante para o planeta e para outros países acompanharem. Ele fala em anistiar a dívida das famílias americanas com educação superior, que não é pequena. É a segunda dívida depois das hipotecas imobiliárias. Fala em algo tipo o Prouni para financiar os alunos carentes”, disse.

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“É uma mudança muito profunda em relação ao neoliberalismo que vinha há 40 anos reduzindo carga tributária, reduzindo taxação dos ricos, não progressividade no imposto de renda e com a ideia do Estado mínimo. O Biden rompe com a ideia de Estado mínimo e volta ao New Deal, a uma política econômica que foi muito importante”, completou Mercadante.

Ele destaca ainda o impacto da mudança na economia norte-americana na perda de força do discurso dos neoliberais brasileiros: “Então, os democratas, que pelas regras do colégio eleitoral, têm mais votos, mas não ganham mais eleições, estão voltando a disputar a base operária e popular que eles tinham. Então, ele [Biden] fala que os trabalhadores têm que se sindicalizar e defender seus direitos, o país tem que voltar a ter uma classe média. Isso é totalmente contra o que o neoliberalismo vinha fazendo, que é, como o Temer fez no Brasil, desmontar sindicatos, retirar direitos previdenciários e trabalhistas e esmagar o Estado de Bem-Estar Social. Este avanço tem que ser reconhecido. Não sabemos se o Biden vai conseguir fazer tudo isso. A divisão no Senado é igual entre republicanos e democratas, tem um voto de diferença que é o da vice-presidenta. Então, é muito difícil, ele vai ter muita resistência. Os neoliberais estão reagindo, o sistema financeiro, mas o relevante para nós é que os neoliberais aqui perderam uma parte importante do discurso”.

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