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Em aliança inesperada, Brasil e Chile ficam do mesmo lado contra Venezuela na ONU

Brasil e Chile foram copatrocinadores de uma resolução no Conselho de Direitos Humanos da ONU para condenar a repressão contra a oposição na Venezuela

Plenário das Nações Unidas (Foto: Reprodução/Nações Unidas)

Sputnik Brasil - Dentro  do Itamaraty, a decisão de Santiago de copatrocinar a resolução foi  recebida por uma parcela dos diplomatas como uma sinalização de que nem  toda a ala progressista latino-americana tem como objetivo a blindagem  de aliados em votos na ONU.

Em uma decisão aprovada por 19 votos a favor, 23 abstenções e cinco contra, Brasil e Chile foram copatrocinadores de uma resolução no  Conselho de Direitos Humanos da ONU para condenar a repressão contra a  oposição na Venezuela e estender o mandato da comissão que investiga  supostos crimes cometidos pelo governo de Nicolás Maduro por mais dois anos, de acordo com a coluna de Jamil Chade no UOL.

 No voto, que ocorreu no final da semana passada, Caracas contou com o apoio de China, Cuba e Bolívia, enquanto México e Argentina optaram pela abstenção. Na América Latina, Brasil e Paraguai votaram pela aprovação do texto.

 O que surpreendeu foi ver os governos de Jair Bolsonaro e Gabriel Boric defendendo a mesma posição, uma vez que desde que o líder chileno assumiu a presidência, os dois já trocaram farpas, com o presidente Bolsonaro não aceitando o convite de Boric para sua posse em Santiago em março deste ano.

 Nesta semana, uma segunda derrota de Maduro foi registrada na ONU. Sua candidatura para continuar como membro do Conselho de Direitos Humanos não  teve êxito. Caracas concorria contra Chile e Costa Rica por dois  assentos no órgão das Nações Unidas, mas em uma votação Numa votação na  Assembleia-Geral da ONU, o Chile ficou com 144 votos, contra 134 para Costa Rica.