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Em meio a manifestações, Alemanha anuncia plano climático de US$ 60 bilhões

O anúncio ocorreu enquanto dezenas de milhares de manifestantes se reuniram em Berlim, no icônico Portão de Brandenburgo, numa ação global em defesa do clima. Maior economia da Europa pretende reduzir emissões de gases de efeito estufa em 55% até 2030

(Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)
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247 com Sputnik Brasil - Sob pressão de protestos pelo meio ambiente e uma queda no apoio do oposicionista Partido Verde, a Alemanha anunciou um pacote de €54 bilhões, cerca de US$ 60 bilhões, para combater as mudanças climáticas.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta sexta-feira (20) que um acordo foi alcançado pelos partidos da coalizão governista após conversas que atravessaram a noite e representa uma importante ferramenta para que o país consiga reduzir suas emissões de gases do efeito estufa. A cifra de €54 bilhões foi publicada pela agência Associated Press.

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A maior economia da Europa pretende reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990

"Acreditamos que podemos alcançar os objetivos e que realmente lançamos as bases para isso", afirmou Merkel.

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A Alemanha há muito tempo é líder em proteção ambiental, mas ficou para trás de muitos vizinhos europeus nos últimos anos e parece que não conseguirá cumprir suas metas de redução de emissões de 2020. 

O setor de transporte do país, em particular, não conseguiu acompanhar as metas de redução.

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A política climática cautelosa do governo contrasta com a opinião da maioria dos eleitores alemães de que conter o aquecimento global é a questão mais premente do dia.

Merkel, que foi ministra do meio ambiente da Alemanha durante a primeira conferência climática da ONU em 1995, chamou repetidamente o combate ao aquecimento global como uma "questão vital para a humanidade".

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Veja abaixo pontos importantes do acordo:

1. Preço do dióxido de carbono: o dióxido de carbono deve receber um preço e tornar a gasolina e o diesel, o óleo de aquecimento e o gás natural mais caros. Isso deve ser implementado de forma moderada inicialmente. Em 2021 deve ser instituído um preço fixo para os direitos de poluição de 10 euros por tonelada emitida. Até 2025, o preço deverá subir gradualmente para 35 euros. Somente então o preço dos direitos de poluição devem ser estabelecido pelo mercado e determinado dentro de um sistema de créditos de oferta e demanda. Esses direitos de poluição não serão transacionados pelos clientes finais, mas pelas empresas que fornecem combustíveis.  

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2. Trem mais barato e passagens aéreas mais caras: a coalizão também acordou tornar as viagens de trem mais baratas e as de avião, mais caras. O imposto sobre passagens de trem de longa distância deverá cair de 19% para 7%. Já as taxas de tráfego aéreo para decolagens em aeroportos alemães devem ser aumentadas a partir de 1 de janeiro de 2020.  

3. Carros elétricos: para impulsionar a demanda por carros elétricos, o subsídio de compra oferecido pelo governo federal e pelos fabricantes deve ser aumentado para carros com preço inferior a 40.000 euros. O imposto sobre veículos na Alemanha deve ser mais direcionado para as emissões de carbono do que anteriormente. Os carros elétricos ficam isentos do imposto sobre veículos automotores até 2025.  

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4. Aquecimento com óleo: qualquer alemão que substitua um aquecedor de óleo antigo por um modelo menos poluente vai receber um "prêmio de troca" de até 40%. A instalação de novos aquecedores a óleo deve ser proibida a partir de 2026 em edifícios onde a geração de calor sustentável é possível. Está previsto um incentivo fiscal para a reforma de edifícios para deixá-los mais eficientes na manutenção da temperatura.  

5. Eletricidade verde: para aumentar a aceitação de novas turbinas eólicas pelos municípios, as cidades devem receber no futuro um incentivo financeiro na operação desse tipo de instalação.  

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