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Esquerda portuguesa encontra a fórmula do sucesso econômico

País lusitano, que fez os ajustes mais duros durante a crise na Europa, encontra um caminho para combinar crescimento e uma progressiva recuperação do bem-estar social; o socialista António Costa, primeiro ministro, contou a fórmula do sucesso de sua política econômica; "Definimos uma alternativa à política de austeridade centrada em mais crescimento, mais e melhor emprego e mais igualdade", afirmou

País lusitano, que fez os ajustes mais duros durante a crise na Europa, encontra um caminho para combinar crescimento e uma progressiva recuperação do bem-estar social; o socialista António Costa, primeiro ministro, contou a fórmula do sucesso de sua política econômica; "Definimos uma alternativa à política de austeridade centrada em mais crescimento, mais e melhor emprego e mais igualdade", afirmou (Foto: Lais Gouveia)
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Do El País - "Pela primeira vez desde a adesão ao euro, Portugal cresce acima da média da União Europeia". O Parlamento Europeu escutou há algumas semanas o primeiro-ministro português, o socialista António Costa, contar a fórmula do sucesso de sua política econômica. "Definimos uma alternativa à política de austeridade centrada em mais crescimento, mais e melhor emprego e mais igualdade", explicou Costa. "Virar a página da austeridade" foi o lema eleitoral dos socialistas. Se não deu a vitória ao partido, conseguiu atrair o apoio de comunistas e do Bloco de Esquerda para formar governo. A fórmula, batizada depreciativamente como a gerigonça, se transformou em um sucesso dois anos depois, apesar do receio de organismos como a Comissão Europeia e o FMI, que velavam pelos bilhões de euros emprestados em 2011 para impedir que o país quebrasse.

Agora os órgãos internacionais elogiam a política do governo. Portugal fechou 2017 com um crescimento de 2,7% (o maior do século); mas não só isso. O déficit, acima de 3% há dois anos, é de 1,1% e no próximo ano será de 0,3%. A presidenta do Conselho das Finanças Públicas, Teodora Cardoso, nem um pouco dada a elogiar governos, reconhece “uma evolução muito favorável do saldo orçamentário que nós, pouco tempo atrás, consideraríamos impossível”. Há dois anos, os relatórios de Cardoso eram contínuas pancadas ao “otimismo militante” do primeiro- ministro. “Portugal não só cresce como nunca nesse século, como cresce bem”, diz o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral. “E não por um aumento de gasto público; vem das exportações, com um aumento de 11,7%. O investimento subiu 9%, especialmente o privado e o estrangeiro”. Também ajudou muito o espetacular aumento do turismo: no ano passado, o pais superou seu recorde de visitantes, com 20 milhões, quase o dobro da população portuguesa.

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Naturalmente, nem todos aplaudem. “Dizer que o crescimento de 2,7% é o melhor registro do século é uma afirmação triste”, diz Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças do Governo anterior de centro-direita. Irene Mia, diretora editorial da The Economist Intelligence Unit, lembra que Portugal está crescendo no mesmo ritmo da Alemanha apesar de ser uma economia muito mais pobre. A dívida, que chegou a alcançar 132% do PIB, caiu a 126% em 2017 e em 2022 será de 114%. 

Ainda que os organismos internacionais continuem pedindo mais reformas, o ministro da Economia, Caldeira Cabral, responde: “O que acontece é que nossas reformas são diferentes. As reformas do período de ajuste se centraram na legislação trabalhista, muito discutíveis por seus efeitos perniciosos. Meio milhão de jovens qualificados deixaram o país, hoje por outro lado a força de trabalho cresceu em 50.000 pessoas. Nossas reformas, que estão reduzindo o déficit e a dívida, se dirigem à modernização do país. São reformas que o FMI hoje não sabe ver e quantificar, mas que serão vistas a médio e longo prazo. Como o FMI mede o programa Simplex?”. O Simplex é uma das bandeiras do Governo: a eliminação de burocracias e a anulação de milhares de leis, normas e decretos obsoletos e contraditórios. “Antes de abrir uma empresa era necessário conseguir 11 licenças ambientais, agora uma basta”, diz o ministro.

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