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Mundo

Estados Unidos ainda não concretizaram ações de apoio ao Brasil

Ao analisar veto à entrada da carne brasileira nos EUA, a economista Nadja Heiderich disse que "otimismo" gerado pelo encontro entre Jair Bolsonaro e Donald Trump "não se concretizou" em ações de apoio

Bolsonaro e Trump (Foto: Alan Santos/PR)
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Sputnik Brasil - Os Estados Unidos impuseram um embargo para a carne bovina in natura do Brasil em 2017, logo após a deflagração pela Polícia Federal da Operação Carne Fraca, que apontou adulteração no produto vendido para os mercados internos e externos. 

Em entrevista para a Sputnik Brasil, a professora da Faculdade de Economia da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) disse que o veto americano tem razões sanitárias, pois eles são exigentes com a questão, e também protecionistas.

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"Na Carne Franca algumas empresas do setor frigorífico foram autuadas. Os Estados Unidos têm muito zelo com a questão sanitária, são rígidos. Por outro lado, existe um lobby muito forte dos frigoríficos locais, uma vez que o país é o maior produtor de carne in natura e também o maior consumidor", avaliou. 

'Desbloqueio poderia abrir outros mercados'

Justamente pela rigidez do mercado americano, ela avalia que a derrubada do embargo seria importante para o Brasil, embora o principal comprador da carne brasileira hoje seja a China.

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"Dado as exigências sanitárias dos Estados Unidos, o desbloqueio dos Estados Unidos seria um sinal para o resto do mundo de que somos um bom vendedor, que nosso produto é de boa qualidade, o que poderia abrir novos mercados. Além disso, o mercado americano paga bem", disse à Sputnik Brasil.

Com a aproximação entre os governos Trump e Bolsonaro, que se encontraram em Washington em março, a reabertura se tornou uma promessa. Uma comissão de inspeção veterinária foi enviada ao Brasil em julho para valiar a situação. 

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Ministra foi aos EUA tentar derrubar veto

Mas no final de outubro as autoridades americanas frustraram as expectativas ao anunciar que o veto permaneceria.

"Acho que houve um grande otimismo quando Bolsonaro foi aos Estados Unidos, mas as ações não se concretizaram do lado americano. Há um desequilíbrio", afirmou a professora da Fecap.

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Para tentar reverter a situação, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, aproveitou viagem marcada aos Estados Unidos para negociar o fim do embargo. 

Ela voltou nesta semana ao Brasil sem uma posição definida do Departamento de Agricultura dos EUA. De acordo com o ministério, o governo americano "está finalizando a análise dos dados que o Brasil enviou e deve dar um posicionamento em algumas semanas". 

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“Vamos fazer os trâmites com a maior tranquilidade. Eles me prometeram que em breve teremos notícias sobre a data e se as informações que passamos são suficientes ou não. Vamos aguardar uma decisão deles, eu espero que seja breve mesmo, pela nossa conversa”, disse Tereza Cristina, segundo nota publicada pela pasta. 

Abertura depende da 'boa vontade' dos americanos

Para Nadja, a visita teve aspectos positivos, mas os produtores brasileiros dependem da "boa vontade" das autoridades americanas.

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"O governo brasileiro entregou os dados requeridos rapidamente em relação às exigências do relatório de outubro. Agora é esperar a boa vontade deles em analisar esses dados, talvez solicitar mais alguma coisa que tenha ficado em pendência. O problema é se eles quiserem fazer nova vistoria aqui".

O Ministério da Agricultura quer que a liberação da carne seja feita com base no relatório entregue aos americanos, sem a necessidade de uma nova inspeção no Brasil, o que atrasaria o processo pelo menos até o fim do primeiro semestre do ano que vem.

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