Estados Unidos estão brincando com fogo, assinalam especialistas
Segundo especialistas citados em reportagem do Diário do Povo, jornal do Partido Comunista da China, os EUA estão brincando com fogo ao quebrar promessas
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Diário do Povo on line - Os Estados Unidos mais uma vez quebraram sua palavra ao anunciar o plano de impor tarifas adicionais de 10% sobre US$ 300 bilhões em importações chinesas a partir de 1º setembro.
Quem acende o barril de pólvora está fadado a se queimar, disseram acadêmicos e especialistas em um simpósio realizado pela Universidade Renmin da China (URC) na segunda-feira (5).
"O lado dos Estados Unidos carece de sinceridade na consulta e está acostumado a exercer máxima pressão", disse Yu Miaojie, vice-diretor da Escola Nacional de Desenvolvimento da Universidade de Pequim.
"Ao contrário da posição da China sobre a solução de problemas, os Estados Unidos têm uma atitude de causar problemas", disse Cheng Dawei, pesquisador da Academia Nacional de Desenvolvimento e Estratégia da URC.
A China sempre manteve suas palavras, e o país, com base nos princípios do mercado, vem criando recentemente condições favoráveis para as companhias nacionais comprarem produtos agrícolas dos Estados Unidos, disse Cheng.
As reviravoltas não trouxeram nenhum benefício para os Estados Unidos. O crescimento do PIB do país desacelerou para 2,1% no segundo trimestre, ante 3,1% no primeiro, segundo os dados mais recentes do Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
Os bens de consumo responderam por uma proporção considerável na mais recente ameaça tarifária dos Estados Unidos contra a China. Os aumentos tarifários prejudicarão os interesses de um vasto número de consumidores americanos se entrarem em vigor e causarão pressões inflacionárias naquele país, disseram os especialistas no simpósio.
"É necessário reconhecer a complexidade e a natureza de longo prazo das fricções econômicas e comerciais China-EUA", disse Huo Jianguo, vice-presidente da Sociedade Chinesa para Estudos da Organização Mundial do Comércio, acrescentando que, para as duas maiores economias no mundo, a teoria de desassociação é irrealística.
A China deve manter uma compreensão clara e determinação estratégica concentrando-se no desenvolvimento de alta qualidade, para estimular a vitalidade do mercado e fortalecer a resiliência econômica, segundo os especialistas.
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