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EUA ameaçam bloquear contas se o "soberano" Iraque insistir na retirada das tropas

O Departamento de Estado, chefiado por Mike Pompeo, já teria alertado o governo iraquiano sobre a possibilidade de bloquear seu acesso aos recursos depositados em contas nos EUA

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo (Foto: REUTERS / Tamas Kaszas)
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Sputinik – O Iraque pode perder acesso às suas contas em dólares se insistir na retirada das tropas dos EUA de seu território. Após aprovação da lei que permite a Bagdá solicitar a retirada de forças estrangeiras, Donald Trump ameaçou responder com sanções.

A parlamentar iraquiana Majida al-Tamimi, membro do Comitê de Finanças do parlamento, disse que, caso o Iraque insista na retirada das tropas, pode perder o acesso aos seus recursos depositados em contas no banco central dos EUA.

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Além disso, a parlamentar aponta que os EUA poderão exercer pressão sobre certas empresas para que interrompam suas atividades na indústria petrolífera do Iraque. O país árabe é o segundo maior produtor mundial da OPEP.

O Departamento de Estado já teria alertado o governo iraquiano sobre a possibilidade de bloquear seu acesso aos recursos depositados em contas nos EUA, conforme reportou a Bloomberg.

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No dia 5 de janeiro, o parlamento iraquiano aprovou uma lei que autoriza o governo a pedir a retirada de forças estrangeiras do país. A medida, interpretada por muitos como dirigida aos EUA, levou Donald Trump a ameaçar Bagdá com sanções:

"Se eles nos pedirem para sair, e se isso não for feito de uma maneira muito amigável, iremos impor as sanções mais duras que eles já viram, que farão as sanções contra o Irã parecerem brandas", ameaçou o presidente dos EUA.

Desde então, os EUA não responderam aos pedidos de Bagdá para negociar um eventual processo de retirada das tropas.

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O efeito imediato do bloqueio das contas do Iraque em dólares seria uma forte desvalorização da moeda iraquiana, o dinar.

Eventualmente, o governo do Iraque teria que converter as suas transações comerciais para euros, o que demandaria longas negociações com bancos europeus, informou Tamimi.

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O Iraque foi alvo de um duro embargo financeiro e comercial entre 1990 e 2003, quando os EUA depuseram Saddam Hussein.

As sanções, impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, geraram uma das mais sérias crises humanitárias da década de noventa, e incluíram a criação de programas emergenciais como o "petróleo por alimentos".

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