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EUA dizem a Lula que pretendem reconhecer o resultado das eleições no Brasil rapidamente, diz agência

De acordo com diplomatas norte-americanos, questionamentos dos resultados eleitorais no Brasil podem levar a uma crise institucional ou a caos

Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Joe Biden (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Tom Brenner)
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Por Lisandra Paraguassu Gabriel Stargardter

Brasília e Rio de Janeiro - Reuters - Diplomatas americanos asseguraram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que os EUA reconheceriam prontamente o presidente eleito em reunião com o petista esta semana, afirmaram duas fontes à agência de notícias Reuters.

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Segundo elas, a agilidade é uma tentativa de desencorajar questionamentos dos resultados que possam levar a uma crise institucional ou a caos no país.

O reconhecimento busca impedir qualquer tentativa de contestação do resultado legítimo do pleito marcado para 2 de outubro. O Departamento de Estado americano não respondeu aos pedidos de comentário até a publicação deste texto.

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Lula se reuniu na quarta-feira (21) com o chefe da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o encarregado de negócios Douglas Koneff. 

Uma das fontes afirma que o petista, líder nas pesquisas, comentou que o reconhecimento do resultado seria um movimento importante para minimizar o ímpeto de Jair Bolsonaro (PL) de contestar a eleição. 

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O atual presidente tem insistido, sem provas, que o sistema de votação eletrônico é passível de fraude. Lula teria então ouvido de Koneff —encarregado de negócios que comanda a missão americana enquanto não há embaixador— que a intenção de Washington é reconhecer o vencedor das eleições independentemente do resultado, assim que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fizer o anúncio oficial.

Um porta-voz do Departamento de Estado disse à Reuters, sem citar a reunião com Lula, que encontros com candidatos presidenciais "não implicam apoio a um indivíduo, partido ou plataforma" e reforçou que o órgão confia na força das instituições brasileiras. 

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A mesma garantia foi ouvida pelo ex-chanceler Celso Amorim, principal conselheiro do petista para a política externa, da parte de embaixadores da América Latina e do Caribe. O recado foi passado em conversas laterais e nas despedidas de uma reunião com diplomatas da região nesta quinta (22), oficialmente marcada para apresentar as ideias de Lula sobre política externa em eventual novo governo.

A administração de Joe Biden tem enviado sinais de apoio ao trabalho do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) diante de ataques de Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas e a ministros da corte.

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O principal gesto de Washington se deu em julho, quando a embaixada divulgou uma nota afirmando que eleições brasileiras são um modelo para o mundo e que os americanos confiam na força das instituições do país.

O comunicado foi publicado pouco depois de Bolsonaro realizar uma apresentação no Palácio da Alvorada para chefes de missões diplomáticas em Brasília, na qual repetiu mentiras e teorias da conspiração para desacreditar o sistema eleitoral.

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Meses antes, William Burns, diretor da CIA (agência de inteligência americana) tinha afirmado a auxiliares do presidente que suas tentativas de questionar o processo eleitoral não eram bem vistas pelos EUA. O recado não foi bem recebido no Palácio do Planalto. 

Não foram os únicos atritos entre os governos Biden e Bolsonaro. O brasileiro é admirador de Trump e foi um dos últimos a felicitar Biden pela vitória em 2020. 

No primeiro ano da relação, os dois países se engajaram em negociações sobre ambiente, ponto de forte interesse do democrata, mas as conversas esfriaram diante da persistência de números negativos de desmatamento na Amazônia. 

A nove dias das eleições, Lula voltou a aumentar a vantagem em relação a Bolsonaro e está na frente nas pesquisas de intenção de voto. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta, o petista continua tendo chance de liquidar a eleição no primeiro turno. 

Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre o sistema de votação após um período de relativa calmaria. No mais recente episódio, afirmou que, se não ganhar no primeiro turno, "algo muito errado" estaria acontecendo no TSE.

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