EUA e aliados chamam ataque ao Iêmen de 'autodefesa coletiva em conformidade com a Carta da ONU'
Os aliados dispararam mais de 100 mísseis na capital iemenita de Sanaa e outras cidades-chave controladas pelos rebeldes iemenitas
247 - Os Estados Unidos e seus aliados argumentaram em uma declaração conjunta emitida nesta sexta-feira (12) que seus ataques ao Iêmen, atingindo as posições rebeldes Houthi, foram um ato de autodefesa coletiva em conformidade com a Carta da ONU.
Segundo a agência Sputnik, os aliados dispararam mais de 100 mísseis na capital iemenita de Sanaa e outras cidades-chave em retaliação a uma série de ataques rebeldes ao transporte comercial no Mar Vermelho, que os Houthis realizaram nos últimos meses em resposta à guerra de Israel em Gaza.
"Em resposta aos ataques Houthi contínuos, ilegais, perigosos e desestabilizadores contra embarcações, incluindo transporte comercial, transitando pelo Mar Vermelho, as forças armadas dos Estados Unidos e Reino Unido, com apoio dos Países Baixos, Canadá, Bahrein e Austrália, conduziram ataques conjuntos em conformidade com o direito inerente de autodefesa individual e coletiva, consistente com a Carta da ONU, contra uma série de alvos em áreas controladas pelos Houthis no Iêmen", diz o comunicado.
Os EUA e o Reino Unido, bem como Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Nova Zelândia e Coreia do Sul disseram que, embora o objetivo seja desescalar tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho, não hesitariam em tomar mais ações contra os rebeldes.
"Que nossa mensagem seja clara: não hesitaremos em defender vidas e proteger o livre fluxo de comércio em uma das vias navegáveis mais críticas do mundo diante de ameaças contínuas", concluíram.
Mais tarde no mesmo dia, o Palácio Chigi do governo italiano condenou os ataques Houthi no Mar Vermelho e expressou seu apoio aos esforços aliados para garantir uma navegação segura.
"A Itália condena firmemente os repetidos ataques Houthi a embarcações mercantes no Mar Vermelho e confirma seu forte apoio ao direito de navegação livre e segura, em linha com o direito internacional. Diante do comportamento inaceitável dos Houthis, a Itália apoia as operações das nações aliadas, que têm o direito de defender suas embarcações, no interesse dos fluxos comerciais globais e da assistência humanitária", diz o comunicado.
A Itália também saudou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU adotada na quarta-feira, exigindo o fim de todos os ataques no Mar Vermelho, segundo o comunicado.
"É essencial garantir a segurança do Mar Vermelho, prevenindo e combatendo ações de desestabilização que não são do interesse de atores locais nem da comunidade internacional", diz o comunicado.
Os Houthis lançaram mais de duas dúzias de ataques a navios comerciais desde meados de novembro, quando anunciaram que iriam alvejar embarcações com destino a Israel e vinculadas a Israel na via navegável crucial na costa do Iêmen, a fim de pôr fim ao ataque israelense em Gaza.
