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'EUA espionam para obter vantagens comerciais'

Colunista do Guardian Glenn Greenwald afirmou que possui de 15 a 20 mil documentos cedidos por Snowden. Ex-analista da CIA encontra-se atualmente na Rússia, que na semana passada lhe concedeu asilo temporário de um ano na condição de "refugiado". Seu paradeiro agora é desconhecido

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Opera Mundi - O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, colunista do jornal britânico The Guardian e responsável pela publicação de documentos vazados pelo ex-analista da CIA Edward Snowden, disse nesta terça-feira (06/08) que os EUA praticam espionagem não apenas para se proteger do terrorismo, mas também para obter vantagens comerciais e industriais.

Em audiência pública com os integrantes da CRE (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) do Senado brasileiro em Brasília, Greenwald, que mora no Rio de Janeiro, afirmou que recebeu de Snowden entre 15 e 20 mil documentos, “muito, muito completos e muito longos”. Ele acrescentou que as informações publicadas correspondem a uma parte pequena desse contingente.

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“As histórias que nós publicamos são uma porção pequena. Certamente haverá maiores revelações sobre as atividades de espionagem do governo dos Estados Unidos e seus aliados [...] sobre como eles penetraram nos sistemas de comunicações do Brasil e da América Latina”, afirmou. Para Greenwald, o país que conceder asilo a Snowden terá acesso a esses dados confidenciais, porque o norte-americano possui milhares de documentos.

"Há documentos com informações ainda mais explosivas", garantiu, apesar de ter dito que essas só serão reveladas caso aconteça algo com Snowden. Esses dados, segundo o jornalista, são coletados por 70 mil pessoas que trabalham no serviço de espionagem dos Estados Unidos.
Greenwald afirmou que, para espionar cidadãos norte-americanos, “é necessário pedir autorização judicial, mas, para outros países e pessoas, não”. Além disso, de acordo com ele, a NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA, na sigla em inglês) pede qualquer comunicação e as empresas de telefonia e internet -- Google, Microsoft e Apple, por exemplo -- a fornecem sem qualquer questionamento.

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O jornalista ressaltou que um dos riscos dessas práticas é que o governo não tem controle sobre quais funcionários realizam a espionagem e nem sobre o que eles podem fazer com as informações sensíveis às quais têm acesso.

"O problema é que, quando se tem um sistema desse tamanho, é difícil controlar esse número grande de pessoas”, disse Greenwald, que descreveu o sistema de espionagem norte-americano como muito complexo. Snowden, segundo ele, pegou "20, 25 mil documentos supersecretos".

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Edward Snowden vazou milhares de informações sigilosas sobre os programas de espionagem dos EUA e é acusado de traição pelo governo norte-americano. Atualmente, encontra-se na Rússia, que na semana passada lhe concedeu asilo temporário de um ano na condição de "refugiado". Seu paradeiro agora é desconhecido.

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