CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mundo

EUA forçaram Ucrânia a demitir procurador em troca de empréstimo

Ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se vangloriou de ter prrsssionado o governo ucraniano a demitir um procurador-geral em poucas horas; "Olhei para eles e disse: 'Eu vou embora em seis horas. Se o promotor não for demitido, você não vai receber o dinheiro", disse Biden ao Conselho de Relações Exteriores dos EUA; "Bem, filho da p*** (risos). Ele foi demitido", completou; dois dias depois da demissão do procurador, os EUA liberaram US$ 335 milhões para reformas do setor de segurança da Ucrânia

U.S. Vice President Joe Biden listens during a news conference in Vilnius March 19, 2014. REUTERS/Ints Kalnins (LITHUANIA - Tags: POLITICS) (Foto: Paulo Emílio)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Sputnik - O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se vangloriou de que ele tinha uma palavra a dizer nos assuntos internos de outro país, admitindo que pressionou o governo ucraniano a demitir um procurador-geral em poucas horas.

"Eu olhei para eles e disse: 'Eu vou embora em seis horas. Se o promotor não for demitido, você não vai receber o dinheiro", disse Biden durante uma reunião do Conselho de Relações Exteriores dos EUA, na última terça-feira.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Biden estava se referindo ao presidente ucraniano Pyotr Poroshenko e ao ex-primeiro-ministro ucraniano Arseny Yatsenyuk. Biden acrescentou que o promotor foi demitido. "Bem, filho da p*** (risos). Ele foi demitido", declarou o democrata.

O incidente que Biden se referiu remonta ao final de março de 2016. Naquela época, o então vice-presidente dos EUA reuniu-se com funcionários do governo ucraniano para discutir a situação na Ucrânia, bem como assistência financeira dos EUA a Kiev. Biden aparentemente usou as garantias dos EUA de um terceiro empréstimo no valor de US$ 1 bilhão como meio de aplicar pressão sobre Kiev.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Eu disse: 'Estou lhe dizendo que você não está recebendo bilhões de dólares'", disse ele na reunião, lembrando o incidente.

O então promotor ucraniano Viktor Shokin foi realmente removido de seu cargo pelo Parlamento ucraniano em 29 de março de 2016. Dois dias depois, Kiev anunciou que Biden se encontrou com Poroshenko e "informou-o sobre a decisão dos EUA de fornecer [um] adicional US$ 335 milhões para reformas do setor de segurança da Ucrânia". Também disse que" as possibilidades de fornecer a garantia do terceiro empréstimo de US$ 1 bilhão "estavam abertas".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Anteriormente, Biden também se gabava de outros casos de interferência dos EUA nos assuntos internos da Ucrânia. Em um livro intitulado "Promete-me, Papai: Um ano de esperança, dificuldade e propósito", que foi publicado em novembro, o ex-vice-presidente disse que exigiu abertamente que o ex-presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, renunciasse em 2014.

Ele também afirmou que tinha que dirigir quase todos os passos da administração de Poroshenko depois que ele chegou ao poder, seguindo uma série de eventos que começaram com um golpe que expulsou o ex-líder Viktor Yanukovich e deu origem à crise da Ucrânia. Biden também admitiu que "estava no [telefone] com Poroshenko ou Yatsenyuk, ou ambos, quase todas as semanas" por meses.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

No entanto, a Ucrânia estava longe do único país pressionado por Washington naquele momento. Durante a reunião de terça-feira, Biden também revelou que a administração dos EUA "gastou tanto tempo no telefone, certificando-se de que todos, de [ex-presidente francês François] Hollande [ao antigo primeiro-ministro italiano Matteo] Renzi, "não se afastariam" de sanções anti-russas.

A Europa inicialmente tentou evitar a campanha de sanções contra Moscou, disse o ex-vice-presidente americano. Ele também acrescentou que a chanceler alemã, Angela Merkel, foi praticamente a única líder europeia importante que "foi forte o suficiente para ficar ao lado" dos EUA nesta questão, mesmo que ela "não gostasse" e apoiou Washington apenas "relutantemente".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO