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França registra quase 60 mil casos de Covid em 24 horas e lotação de colégios é alvo de críticas

Com 367 mortos em 24 horas nos hospitais, o país já registra mais de 39 mil óbitos desde o início da pandemia

(Foto: AP - Bob Edme)
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Da RFI - Quase 60 mil novos casos de Covid-19 foram registrados nas últimas 24 horas na França, segundo números divulgados na tarde desde quinta-feira (5). O país vive atualmente em um regime de lockdown, mas as aulas são mantidas nos colégios, o que têm suscitado inúmeras críticas. As escolas de segundo grau são apontadas como possíveis clusters de propagação do vírus.

Com 367 mortos em 24 horas nos hospitais, o país já registra mais de 39 mil óbitos desde o início da pandemia. De acordo com Jérôme Salomon, número 2 do ministério da Saúde, essa segunda onda é “brutal” e “se propaga rapidamente”, e a França se tornou “o país da Europa que conta com o maior número de casos”.

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A declaração é feita poucas horas após a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmar que o velho continente já é a região do mundo que conta mais doentes da Covid-19.

Diante dessa situação, as autoridades não descartam medidas ainda mais restritivas para tentar conter a evolução do vírus. O país já vive em um regime de lockdown desde 30 de outubro, após um primeiro confinamento entre março e maio. Mas ainda é possível ver aglomerações nos comércios que permanecem abertos.

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Em Paris, as autoridades municipais anunciaram novas medidas, como o fechamento de algumas lojas que vendem bebidas alcoólicas e restaurantes que oferecem comida para viagem a partir das 22h. Segundo a prefeita Anne Hidalgo, a decisão foi tomada porque, "em alguns casos, foram constatados abusos".

Mas a decisão de manter as aulas dos alunos de segundo grau é alvo de críticas. Principalmente após a divulgação de imagens que mostram salas e refeitórios lotados, sem que as medidas de distanciamento físico sejam respeitadas.

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“Temos medo de matar nossos pais”

Alunos e professores se manifestam e em algumas cidades do país colégios chegaram a ser bloqueados, em protestos contra um protocolo sanitário considerado ineficaz. Segundo Mathieu Devlaminck, presidente da União Nacional dos alunos do secundário (UNL na sigla em francês), as escolas se tornaram potenciais clusters de propagação da doença.

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“O protocolo foi implementado, mas não é suficiente. Somos 35 ou até 40 por classe e as salas não nos permitem respeitar a distância de mais de um metro por aluno”, alerta. “Por isso pedimos que as aulas sejam dadas para grupos menores, apenas como metade das classes (em um sistema de rodízio semanal), para que possamos restringir os efetivos nos colégios”, preconiza o presidente da UNL.

Ele insiste sobre o risco que representa a concentração de pessoas em lugares fechados, que podem se contaminar a levar o vírus para grupos de risco. “Os alunos e os professores têm medo de contrair o coronavírus. O ministro da Educação tem que entender que vidas estão em perigo. Temos medo de matar nossos pais”, desabafa.

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As críticas parecem ter sido ouvidas. No início da noite, o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, informou que o protocolo sanitário será reforçado nas escolas de segundo grau. O governo também anunciou que uma parte das aulas passará a ser ministrada a distância e que algumas provas serão suspensas.

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