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França também tem "vasto sistema de espionagem", diz Le Monde

"A DGSE (sigla em francês da Direção-Geral de Segurança Exterior) coleta sistematicamente os sinais eletromagnéticos emitidos pelos computadores e os telefones na França, assim como os fluxos entre França e o exterior: todas as nossas comunicações são espionadas", afirmou o jornal. Fato explicaria relativo silêncio do presidente francês, François Hollande, sobre o escândalo revelado a partir dos EUA

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Opera Mundi - A França tem um vasto sistema de espionagem de comunicações que intercepta, em todo o seu território, telefonemas, e-mails e mensagens de celular de milhões de cidadãos, usando métodos parecidos com os da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA, na sigla em inglês), segundo revelou nesta quinta-feira (04/07) o jornal francês Le Monde.

"A DGSE (sigla em francês da Direção-Geral de Segurança Exterior) coleta sistematicamente os sinais eletromagnéticos emitidos pelos computadores e os telefones na França, assim como os fluxos entre França e o exterior: todas as nossas comunicações são espionadas", afirmou o jornal.

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Le Monde acrescentou que o foco das operações não é tanto o conteúdo das comunicações interceptadas, mas descobrir “quem está falando com quem”, informações chamadas de “metadados”. Esse programa de espionagem seria secreto, de acordo com o jornal, “fora de qualquer controle sério” e ilegal.

As informações são de que a DGSE coleta dados de milhões de chamadas telefônicas, com capacidade de identificar seus interlocutores, datas, lugares e durações. O mesmo acontece com as mensagens via e-mail, SMS e fax, dos quais a agência consegue ler o conteúdo. A atividade da internet, passando por sites como Google, Microsoft e Yahoo!, também é monitorada e armazenada.

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Todas essas informações coletadas estariam contidas em “uma base de dados gigantesca”, à qual têm acesso seis agências de espionagem e segurança da França, além da polícia. O Le Monde diz que Bernard Barbier, diretor técnico da DGSE, já havia descrito o sistema como “provavelmente o maior centro de informação na Europa depois do britânico”.

O presidente francês, François Hollande: práticas de espionagem dos EUA deveriam "cessar imediatamente"

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"Os políticos sabem disso perfeitamente, mas o segredo é a regra", afirma a reportagem. Segundo o jornal, o armazenamento desses dados "durante anos" é uma prática ilegal, que as fontes dos serviços secretos do diário afirmam que não está regulado mas também não é proibido. A espionagem está legislada, mas "não há nada previsto sobre o armazenamento em massa de dados pelos serviços secretos".

Não há afirmações de que a França espiona fora de seu território, mas sim que o país possui “uma longa tradição” de espionagem industrial e comercial que data, pelo menos, da década de 1950, durante a Guerra Fria.
De acordo com a reportagem, depois que as revelações de Edward Snowden sobre os programas de espionagem da NSA causaram indignação na Europa, a França “protestou pouco, por duas razões evidentes: Paris já sabia e estava fazendo o mesmo”.

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O governo francês não fez comentários após as primeiras revelações trazidas pelo jornal britânico The Guardian, mas, depois de alegações de que os EUA teriam espionado a União Europeia e embaixadas, inclusive a da França, o presidente François Hollande declarou que essas práticas deviam “cessar imediatamente”.

"Como o Wikileaks revelou em janeiro de 2011, a França é considerada no mundo da espionagem uma das nações mais ativas nesse campo, uma apreciação que se extraiu de telegramas redigidos por diplomatas norte-americanos em Berlim", acrescenta Le Monde.

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